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Radicais atingem público global com jogos on-line
DA REDAÇÃO
Os videogames estão se
tornando uma arma comum
aos grupos que utilizam a internet como principal meio
para atrair simpatizantes.
Jogos feitos de forma caseira por programadores talentosos e sem dinheiro são
uma experiência pioneira do
uso dos games como propaganda capaz de atingir um
público global.
Os americanos desenvolveram após 11 de setembro
joguinhos de combate ao
terrorismo. Satirizam Osama bin Laden e a Al Qaeda e
dão aos internautas dos
EUA o prazer virtual da vingança contra os autores do
maior ataque a território
americano da história. O site
www.newgrounds.com já se
tornou uma referência no
assunto, oferecendo games
que permitem aos jogadores
"maltratar" árabes e afegãos.
Em War on Terrorism I,
uma das fases traz um Bin
Laden incapaz de se defender, apenas à espera de levar
socos até cair nocauteado.
Em outro jogo, o Al Qaedamon, você ganha um prisioneiro terrorista de presente,
e deve cuidá-lo -ou não-
como um bichinho de estimação, ao estilo dos Tamagochis japoneses.
A criatividade dos programadores não costuma respeitar a barreira do politicamente correto. Há games de
propaganda nazista e até um
que coloca o jogador no papel de um suicida palestino.
Sua missão é matar o maior
número possível de velhos,
crianças e mulheres.
Embora pouco eficaz para
as suas causas, jogos radicais
se espalham com rapidez:
um usuário recebe por email
um "link" para o game. Chocado com o conteúdo, geralmente encaminha o email a
amigos, que farão o mesmo.
Seja por causas nobres ou
nefastas, fato é que o mercado de games jogados on-line
é um dos principais filões
abertos a militantes que, dificilmente, serão capazes de
convencer a grande indústria a falar sobre o seu tema.
E é um mercado em rápida
expansão. O aumento das
receitas com jogos on-line e
de TV interativa é espantoso. De US$ 174 milhões arrecadados nos EUA e na Europa em 2001, deve atingir US$
5,6 bilhões em 2005.
(MS)
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