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Porta-aviões ganham destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
O papel de destaque dos porta-aviões na campanha no Afeganistão silenciou os críticos desses
enormes e caríssimos navios de
US$ 5 bilhões cada. E também arquivou os planos iniciais do governo George W. Bush de reduzir
o número de porta-aviões operacionais de 12 para dez.
Ficou demonstrada a versatilidade dos grandes porta-aviões
nucleares em atuar contra um
país que não tem costa marítima,
forçando os aviões a voarem mais
de 1.000 km até seus alvos.
Os britânicos, que quase perderam a guerra das Falklands/Malvinas em 1982 por terem se livrado do seu último porta-aviões para jatos convencionais, agora planejam construir dois, que devem
ficar prontos em 2012 e 2015, operando de 40 a 50 aeronaves.
O resto do mundo que se cuide.
Na nova ênfase americana em
agir unilateralmente como polícia
do mundo, o porta-aviões tem
um trunfo político importante, se
comparado com aviões baseados
em terra, muitas vezes em países
aliados mas nem tanto: os EUA
não precisam pedir permissão para ninguém para usá-los, se preciso for passando pelo espaço aéreo
de quem estiver no caminho.
A reorganização do arsenal dos
EUA inclui "reciclar" as armas da
Guerra Fria.
Os enormes submarinos da
classe Ohio, que foram originalmente armados com 24 mísseis
balísticos intercontinentais dotados de ogivas nucleares tendo como alvo, à época, a União Soviética, estão sendo rearmados para
abrigar inacreditáveis 150 mísseis
de cruzeiro Tomahawk cada um,
a arma que sem aviso prévio chega do mar e já bombardeou o Iraque e o Afeganistão.
(RBN)
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