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DIREITOS HUMANOS
Presidente indonésio lamenta abusos contra Timor Leste
DA REDAÇÃO
O presidente indonésio,
Susilo Bambang Yudhoyono,
reconheceu ontem a "responsabilidade institucional"
do país pelos abusos de direitos humanos cometidos durante o processo de independência de Timor Leste, em
1999. "Informamos nosso
profundo arrependimento
pelo que aconteceu", disse.
Ao assinar com o colega timorense, José Ramos-Horta, o relatório de comissão
dos dois países, porém, Yudhoyono encerrou o caso
sem pedir perdão nem sinalizar punição aos envolvidos.
O secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, reagiu à
assinatura pedindo que os
dois países assumissem responsabilidades concretas,
acabassem com a impunidade e indenizassem as vítimas.
A comissão, boicotada pela
ONU, atribui ao Exército,
polícia e autoridades civis da
Indonésia o que chama de
"crimes contra a humanidade", mas não é autorizada a
identificar o nome de indivíduos culpados nem tem atribuições judiciais para processar suspeitos.
O Departamento de Estado americano disse neste
ano que os EUA considerariam o caso fechado se os
dois lados aceitassem o relatório. Grupos de direitos humanos argumentam que o
texto serve apenas para apagar os crimes cometidos.
A Indonésia invadiu e anexou o Timor Leste após a declaração de independência
da ex-colônia portuguesa,
em 1975, adotando políticas
repressivas. Uma nova onda
de violência varreu o país em
1999, com o plebiscito que
pôs fim aos 24 anos de domínio indonésio. Embora oficiais militares tenham sido
julgados em tribunais de direitos humanos na Indonésia, nenhum foi condenado.
Com agências internacionais
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