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EUA dizem que disparos antiaéreos de Bagdá violam resolução da ONU
DA REDAÇÃO
O governo dos EUA disse, na
noite de anteontem, que deveria
considerar disparos contra seus
aviões que patrulham as zonas de
exclusão (situadas no norte e no
sul do Iraque) uma violação séria
à resolução do Conselho de Segurança da ONU por parte de Bagdá. Trata-se de uma interpretação
do texto da ONU que nem o mais
próximo aliado dos EUA, o Reino
Unido, compartilha.
O problema é que não ficou esclarecido na nova resolução se ela
se aplica às zonas de exclusão aérea estabelecidas unilateralmente
por Washington e Londres, nas
quais baterias antiaéreas são utilizadas contra aeronaves americanas com frequência.
Anteontem, por exemplo,
aviões americanos e britânicos
bombardearam uma estação de
radar no sul do país depois que
iraquianos atiraram em aviões
que sobrevoavam a zona de exclusão, segundo o Pentágono.
Um porta-voz militar iraquiano
disse à INA, agência de notícias
oficial do Iraque, que sete pessoas
morreram e quatro ficaram feridas no bombardeio.
Em Paris, Hans Blix, chefe dos
inspetores de armas da ONU, reiterou que o Iraque enfrentará "todo o poder" do Conselho de Segurança se não cooperar com os inspetores. O primeiro grupo de inspetores deve chegar amanhã ao
Iraque. Segundo o sueco Blix, a
unanimidade do conselho a respeito do mandato da equipe a torna mais apta a fazer o trabalho e as
inovações tecnológicas serão importantes para detectar supostos
programas de armas.
Em Bagdá, o ditador Saddam
Hussein disse que seu país não
tem armas de destruição em massa e que a ONU irá mostrar que
ele tem razão. Disse também que
não tinha escolha a não ser aceitar
a resolução sobre as inspeções.
Com agências internacionais
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