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ORIENTE MÉDIO
Europeus haviam qualificado de "passo importante" o plano de Sharon para Gaza, já apoiado
por Bush
EUA e britânicos criticam ação de Israel
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos e o Reino
Unido criticaram ontem a morte
por forças israelenses do líder do
Hamas, Abdel Aziz Rantisi. Os
dois países se exprimiram em termos semelhantes aos que utilizaram no mês passado, quando da
morte, também por Israel, do xeque Ahmed Yassin, fundador e
dirigente espiritual daquela organização terrorista islâmica.
Em Washington, um porta-voz
do Departamento de Estado citado pela Reuters disse que os EUA
não haviam modificado sua
"oposição aos assassinatos" praticados por Israel. Desautorizou
ainda possíveis versões de que os
EUA tenham dado sinal verde para que Rantisi fosse morto.
"Acreditamos que Israel deva
pensar bastante sobre as conseqüências do que está fazendo,
tanto quanto acreditamos que os
palestinos deveriam se livrar de
terroristas", disse o porta-voz,
que não quis ser identificado.
Em Londres, o ministro do Exterior, Jack Straw, disse que "o governo britânico deixou repetidamente claro que tais assassinatos
seletivos são ilegais, injustificados
e contraproducentes".
Europa e Sharon
A morte de Rantisi rompeu na
diplomacia da União Européia
um clima de conciliação que os
ministros do Exterior dos 15 países membros demonstraram ontem pela manhã, ao concluírem
encontro de dois dias, em Dublim.
Eles divulgaram comunicado
no qual enfocavam por um ângulo positivo o plano unilateral de
Ariel Sharon, premiê israelense,
de retirar os assentamentos judaicos de Gaza, mesmo se paralelamente com o propósito de manter
os assentamentos na Cisjordânia.
O plano de Sharon foi endossado
na quarta-feira por George W.
Bush, presidente dos EUA.
Segundo os europeus, o plano é
"um passo importante para a implementação" do plano de paz
discutido há dois anos.
A declaração da UE procurou
ainda diminuir a tensão surgida
entre o bloco e os EUA na quarta-feira, quando, com a exceção do
Reino Unido, foram generalizadas e críticas as reações.
"A União Européia sublinha
que o presidente Bush concorda
que a segurança e o reconhecimento dos traçados de fronteiras
devem resultar de negociações
entre as partes", diz ainda a declaração de ontem.
Os ministros disseram que tanto Israel quanto a Autoridade Nacional Palestina deveriam "cumprir suas obrigações" em relação
ao plano de paz.
Mesmo após a declaração da
UE, alguns chanceleres criticaram
o plano de Israel após o encontro
de dois dias, na Irlanda, país que
detém a presidência do bloco durante o semestre. "Paz e estabilidade somente serão alcançadas se
os europeus forem respeitados
como parceiros", disse o novo
chanceler francês, Michel Barnier.
Com agências internacionais
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