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Mundo tem mais de 31 mil armas nucleares
DA REPORTAGEM LOCAL
O "Bulletin" é uma publicação
voltada a temas de desarmamento nuclear, fundada por físicos
que participaram do projeto americano da bomba atômica na Segunda Guerra. A revista é conhecida por publicar o chamado "relógio do juízo final", que reflete o
risco do uso de armas nucleares.
Meia-noite seria a hora da explosão. O momento mais perigoso foi em 1953, quando EUA e
URSS explodiram bombas de hidrogênio; faltavam dois minutos
para a meia-noite. No fim da
Guerra Fria, em 1991, faltavam 17
minutos para meia-noite.
Desde 27 de fevereiro de 2002 o
relógio marca sete minutos para
meia-noite -a terceira vez desde
o fim da Guerra Fria que ele se
move para a frente.
Existem mais de 31 mil armas
nucleares no mundo. Oito países
possuem armas atômicas: EUA e
Rússia, com 95% delas, além de
Reino Unido, França, China, Israel, Índia e Paquistão. Desde
1998, apenas 3.000 armas foram
desativadas.
O ponteiro voltou a chegar perto da meia-noite por conta do risco de terroristas adquirirem armas nucleares, mas também pela
atitude dos EUA, que renegou o
tratado que proibia o desenvolvimento de armas contra mísseis
balísticos. Esses mísseis são o
principal meio de lançamento de
uma arma nuclear.
Outros riscos à paz são o confronto entre Índia e Paquistão e a
tensão em torno dos programas
nucleares do que os EUA chamam de "eixo do mal" -que antes incluía o Iraque e hoje se restringe a Irã e Coréia do Norte.
Para fazer uma bomba bastam
25 kg de urânio enriquecido ou 8
kg de plutônio. A Rússia ainda
tem um estoque de mil toneladas
de urânio e 140 toneladas de plutônio passíveis de uso em armas;
os EUA têm 750 toneladas de urânio e 85 toneladas de plutônio, segundo o "Bulletin". Desde 1991, já
houve centenas de casos de tentativa de venda de materiais radiativos no mercado negro -mas
nunca com o grau de enriquecimento necessário, ou então em
quantidades insuficientes.
(RBN)
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