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Alertas falaram em atentados a aviões dos EUA
DA REDAÇÃO
Um comunicado do governo
avisou as companhias aéreas, cinco meses antes do 11 de setembro,
que pessoas oriundas do Oriente
Médio poderiam tentar sequestrar aviões americanos e que as
empresas deveriam "demonstrar
um alto grau de alerta".
O alerta foi emitido depois do
julgamento final de Ahmed Ressam. Ele foi condenado no dia 6
de abril de 2001 por causa de um
plano fracassado de explodir o aeroporto internacional de Los Angeles (Califórnia) durante a passagem de 1999 para 2000.
O memorando da FAA (agência
de aviação civil dos EUA), datado
de 18 de abril de 2001, também
lembrava que quatro membros da
Al Qaeda estavam, à época, enfrentando julgamento em Nova
York por envolvimento com os
ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia.
Previsto para expirar no dia 31
de julho, o alerta foi uma entre as
mais de dez circulares expedidas
no ano passado avisando sobre
potenciais ataques terroristas
-todos esses alertas com datas
anteriores a 11 de setembro.
Autoridades do governo americano afirmam que as ameaças
eram tão vagas que não inspiravam medidas mais severas de segurança. E elas também não davam razão à construção de um cenário hipotético como o ocorrido
em setembro.
Defesa de Bush
Ontem, políticos do Partido Republicano aumentaram a carga
na estratégia de defesa do presidente contra as críticas de que sua
administração teria ignorado sinais que poderiam levar ao desmantelamento prévio dos ataques
terroristas.
"Os americanos sabem que o
presidente Bush, quando tem informações confiáveis sobre ameaças, atua de modo rápido e enérgico", disse o presidente do Partido
Republicano, Marc Racicot, num
e-mail enviado a simpatizantes do
partido. "Qualquer crítica que sugerir o contrário está eivada de
motivações políticas irresponsáveis", completou.
A FAA disse que a possibilidade
de um ataque terrorista era alta,
mas não havia ameaças específicas contra aeronaves dos EUA.
No dia 22 de junho do ano passado, um outro alerta da FAA, daquela vez datado para expirar no
dia 22 de agosto, falava de um potencial ataque. Seria um possível
sequestro para ser usado como
moeda de troca numa negociação
para liberar Omar Abdel Rahman, considerado um dos líderes
do ataque a bomba ao World Trade Center em 1993.
Num alerta de 28 de agosto de
2001, com data para expirar em 30
de novembro daquele ano, a
agência de aviação civil alertava
que o conflito israelo-palestino
trazia perigos aos vôos indo e vindo de Israel.
Para a FAA, a principal preocupação era um eventual ataque ao
aeroporto internacional Ben Gurion, em Israel, e que esse ataque
afetasse aviões dos EUA.
Com agências internacionais
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