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ARGENTINA
Ruralistas voltam a protestar para cobrar ações de Cristina
DE BUENOS AIRES
Um mês depois do fim do
conflito com o governo, produtores agropecuários voltaram a protestar ontem em
dois atos em estradas argentinas e ameaçaram voltar ao
locaute se o governo de Cristina Kirchner não atender às
reivindicações do setor.
"Se não há soluções para
nossas reclamações, vamos
declarar antes do fim de
agosto a volta do protesto,
que seria um locaute agropecuário ou a não comercialização de grãos", disse o presidente da Federação Agrária Argentina, Eduardo Buzzi, que comandou um "tratoraço" em Santa Fé.
Os produtores agropecuários argentinos entraram em
conflito com o governo em
março, quando foi decretado
um aumento de impostos às
exportações de grãos. Como
reação, decretaram um locaute rural, com bloqueios
de estradas e desabastecimento de alimentos. A crise
se arrastou por 129 dias e levou multidões de ambos os
lados às ruas.
O aumento foi derrubado
no Senado há um mês, o que
encerraria a crise. Mas os
produtores agora reivindicam outras medidas para o
setor, como a criação de um
plano agropecuário nacional,
liberação de exportações de
alguns artigos e criação de
impostos diferenciados para
pequenos produtores.
No outro protesto de ontem, os produtores voltaram
a bloquear a estrada 14, conhecida como a rodovia do
Mercosul, em Gualeguaychu,
que foi o núcleo mais radical
durante o locaute.
Ali, o presidente da Federação Agrária de Entre Ríos,
Alfredo de Angeli, convocou
todos os produtores do país a
participarem de uma assembléia nacional agropecuária
no dia 30 de agosto e disse
que pedirá que as entidades
rurais realizem uma "grande
marcha federal" ao Congresso nacional.
Os dois protestos ontem
foram organizados pela Federação Agrária, de pequenos produtores, mas tiveram
apoio das outras entidades,
que participaram da paralisação.
(ADRIANA KÜCHLER)
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