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OUTRO LADO
Governo nega intervenção em escolha de juiz
DA REDAÇÃO
Em nota distribuída anteontem, a Chancelaria venezuelana critica o diretor
da Human Rights Watch José Vivanco -e não a ONG
americana- e diz que o
"Poder Executivo não intervém em nenhuma das etapas do processo de seleção"
dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
"Ao não vir ao país para
dialogar, mas para acusar
sem fundamento, Vivanco
desprestigia sua organização
e desvirtua a verdadeira vocação construtiva das
ONGs", diz a nota.
Já o vice-presidente José
Vicente Rangel disse que o
país "não precisa de conselhos de ninguém, muito menos de um mercenário".
Sobre a nova lei, a nota diz:
"É de sublinhar que, diferentemente de um grande número de países da América e
Europa, onde o Poder Executivo seleciona ou escolhe
de maneira direta e indireta
os altos magistrados, a Assembléia Nacional venezuelana tem a atribuição de escolher os magistrados do Supremo Tribunal de Justiça
em representação do povo
venezuelano, o que garante a
autonomia e a independência do Poder Judiciário".
Segundo a Chancelaria, recentes mudanças no Judiciário "são apoiadas por organismos internacionais tais
como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o
Banco Mundial".
Na última sexta-feira, a Folha solicitou, por meio da assessoria do presidente Hugo
Chávez, uma entrevista com
qualquer porta-voz do governo que pudesse responder pontualmente às acusações da HRW. Não obteve
resposta.
Sobre as acusações do governo, Vivanco disse: "Não
vou dignificar esses ataques
com uma resposta".
(FM)
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