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Atentado suicida deixa 43 mortos
na Argélia
DA REDAÇÃO
Um ataque com carro-bomba deixou ontem pelo menos 43
mortos e 38 feridos na cidade
argelina de Les Issers, cerca de
60 km ao leste da capital, Argel.
Foi o pior atentado no país africano desde os anos 90, quando
grupos islâmicos radicais lançaram uma campanha de ataques contra a população civil.
Um camicase no volante lançou, no início da manhã, um
veículo carregado de explosivos
contra uma fila de jovens que
esperavam para prestar o concurso da academia de polícia local. Quase todas as vítimas do
atentado eram estudantes de
entre 18 e 20 anos.
Até o fechamento desta edição nenhum grupo havia reivindicado a autoria do atentado, mas a imprensa argelina o
atribuiu à Al Qaeda no Magreb
Islâmico, que assumiu a culpa
por diversos ataques realizados
nos último dois anos.
Em dezembro último, um
duplo ataque suicida matou 41
pessoas em Argel, entre as
quais 17 funcionários da ONU.
Em abril de 2007, ataques coordenados a prédios do governo e
a uma delegacia na capital argelina deixaram 33 mortos.
No último domingo, uma
emboscada contra um comboio
militar matou 12 pessoas, numa
região 500 km ao leste de Argel.
O grupo terrorista surgiu
com o nome Grupo Salafista
pela Pregação e o Combate
(GSPC), em resposta ao golpe
de Estado dos militares, que
cancelaram o segundo turno
das eleições legislativas de 1992
-quando era dada como certa a
vitória de um partido islâmico
radical. Ataques do GSPC deixaram mais de 150 mil mortos
nos anos 90.
A situação se acalmou com a
chegada ao poder, em 1999, do
presidente Abdelaziz Bouteflika, que lançou uma campanha
de reconciliação nacional, culminando com o indulto de militantes islâmicos em 2005.
A violência voltou no final de
2006, quando o GSPC anunciou a mudança de nome e a integração à rede terrorista de
Osama bin Laden, sob o pretexto de que a Argélia estava sendo
dominada pelo Ocidente.
Com agências internacionais
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