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Veto a líder opositor é confirmado na Venezuela
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Por quatro votos a um, o
Conselho Nacional Eleitoral
(CNE) ratificou nesta semana a
decisão da Controladoria-Geral da República de declarar
inelegíveis 368 políticos e funcionários públicos venezuelanos, quase todos de oposição ao
presidente Hugo Chávez. Agora, apenas o Supremo Tribunal
de Justiça (STJ) pode reverter
a medida.
Todos os chamados "inabilitados" são acusados de cometer
irregularidades administrativas, mas nenhum foi julgado e
condenado, conforme prevê o
artigo 65 da Constituição venezuelana para declarar um candidato inelegível.
A oposição tem acusado Chávez de estar por trás da decisão
da Controladoria-Geral e do
Conselho Eleitoral.
"É um apartheid político que
o governo quer nos impor", disse ontem o prefeito de Chacao
(grande Caracas), Leopoldo
López, hoje o principal nome
da oposição para as eleições
presidenciais de 2012 e líder
nas pesquisas para se eleger governador da região metropolitana da capital -o pleito será
em 23 de novembro.
Turnê nos EUA
López está em turnê nos
EUA para apresentar o caso.
Segundo ele, sua agenda inclui
encontros com virtual candidato democrata à Presidência, Barack Obama, e o ex-mandatário
Bill Clinton (1993-2001).
O controlador-geral da República, Clodosbaldo Russían,
diz que o objetivo da lista é
combater a corrupção e que a
lista se baseia na Lei da Controladoria-Geral da República,
que lhe dá poder para inabilitar
um cidadão para funções públicas por até 15 anos.
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