|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mudança de geração não altera rumos do regime
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A mudança de geração na liderança chinesa não significa uma
alteração significativa de rumos
do regime.
Hu Jintao, escolhido por Deng
para chefiar a "quarta geração", é
produto da mesma máquina partidária que Jiang Zemin e defende
a manutenção da rara alquimia
que norteia a China desde 1978:
monopólio do poder nas mãos do
PC e implantação de reformas capitalistas, permitindo um acelerado crescimento econômico.
Existem no Partido Comunista
alguns bolsões "conservadores",
que vêem com desconfiança a opção pelo capitalismo na economia. Mas não contam com peso
suficiente para fazer a "nau chinesa" mudar de rota.
Hu Jintao lidera uma leva de dirigentes chineses descritos como
"tecnocratas", com sólidos conhecimentos em economia, contrastando com a "terceira geração" formada por engenheiros
que estudaram principalmente na
desaparecida União Soviética.
Outros nomes em ascensão no
universo do poder na China são o
vice-premiê, Wen Jiabao, tido como favorito para ser o próximo
primeiro-ministro, e Zeng Qinghong, importante figura na organização partidária e considerado
um "afilhado político" de Jiang
Zemin. O triunvirato Hu-Wen-Zeng desponta como a nova face
do poder chinês.
Eles, no entanto, não devem se
livrar facilmente da sombra de
Jiang, que se espelha no exemplo
de Deng Xiaoping.
O patriarca das reformas exerceu influência decisiva na política
chinesa praticamente até a sua
morte, em 1997, apesar de, nos
anos finais de sua carreira, ter
conservado apenas o cargo de dirigente de uma associação chinesa de bridge, jogo de cartas que ele adorava. (JS)
Texto Anterior: Nova geração: China começa a definir mudanças no poder Próximo Texto: Europa: Expansão faz UE superar disputa agrícola Índice
|