|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mais duas bombas explodem na Espanha
DA REDAÇÃO
Duas bombas explodiram ontem em cidades turísticas da costa
espanhola ontem. Os ataques, que
já chegam a cinco em dois dias,
foram atribuídos ao grupo separatista basco ETA, que, segundo o
governo, tentavam chamar a
atenção de líderes da UE (União
Européia) reunidos em Sevilha.
"Terroristas tentaram criar um
clima e medo e uma paisagem de
destruição" disse o primeiro-ministro espanhol, José María Aznar, depois que os líderes concluíram dois dias de conversações.
As duas explosões de ontem, em
Mijas (sul da Espanha) e Santander (norte do país), não deixaram
feridos graves, mas a imprensa relatou que um policial ficara levemente ferido na segunda.
Sete pessoas ficaram feridas nos
ataques de sexta-feira, incluindo
três crianças e um turista britânico que sofreu ferimentos graves,
provocando o repúdio da imprensa, da população e de políticos espanhóis.
"Esses terroristas estão atacando uma Europa na qual sabem
que não têm lugar", disse Aznar.
Antes de todos os cinco ataques
a bomba, a polícia foi advertida.
"Acreditamos que isso seja obra
do grupo terrorista ETA", disse
um porta-voz da polícia de Santander sobre o quinto ataque, que
ocorreu no meio da tarde em uma
rua do centro do balneário.
Em Mijas, um vilarejo perto de
Málaga, na Andaluzia, uma pequena bomba explodiu entre dois
carros estacionados.
O turismo é uma das principais
atividades econômicas da Espanha, e a Costa do Sol, no sul do
país, costuma ser muito frequentada por turistas britânicos, alemães e do norte da Europa.
"Seria preciso ser cego para supor que matar ou tentar matar turistas europeus seria uma forma
de ganhar a solidariedade de cidadãos da UE ou a simpatia de seus
governos", afirmou o jornal "El
País" em seu editorial de ontem.
Em Marbella, houve uma manifestação ontem contra o ETA, que
matou mais de 800 pessoas desde
1968 em sua luta para estabelecer
um Estado basco independente
entre o nordeste da Espanha e o
sudoeste da França.
Classificado como um grupo
terrorista pela UE, o ETA tem sido
alvo de uma forte ação policial em
ambos os países que já prendeu
mais de cem pessoas neste ano.
Em um comunicado no início
desta semana, tomado como uma
ameaça de ataques pelas autoridades espanholas, o grupo mencionou a "arrogância dos Estados
opressores" da UE.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Europa à Direita: "Imigração é modernização", diz analista Próximo Texto: Panorâmica - França: Chirac quer demitir chefes dos serviços de inteligência, diz Le Monde Índice
|