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A POTÊNCIA MILITAR
Além das armas mais avançadas do mundo, os Estados Unidos têm 1,4 milhão de militares espalhados pelos cinco continentes
Forças estão no limite da sua eficiência
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
OS ATAQUES TERRORISTAS de 11 de setembro de
2001 a Nova York e Washington e as operações subseqüentes dos Estados Unidos no Afeganistão (outubro de
2001) e no Iraque (a partir de março de 2003) pegaram as
Forças Armadas americanas em um momento de mudança cujos méritos ainda são debatidos pelos especialistas.
Mas mesmo menores que na
época da Guerra Fria, essas forças
compensam a perda em números
com maior uso de tecnologia.
O foco das mudanças, defendidas principalmente pelo secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, é
transformar os militares dos EUA
em forças mais ágeis, com maior
rapidez e facilidade de deslocamento pelo planeta.
Mas as operações de guerra nos
dois países do Oriente Médio têm
demonstrado que as forças, especialmente o Exército, estão estendidas quase ao limite da sua eficiência. Faltam "botas no terreno", dizem os críticos.
Se por um lado as operações de
combate foram eficientes e rápidas, isso dependeu de forças tradicionais, nucleadas em tanques,
artilharia e blindados pesados de
transporte de tropas. São justamente as forças que a atual direção do Pentágono considera obsoletas para as guerras futuras.
A posterior ocupação do território não foi planejada a contento,
nem tropas mais adequadas foram enviadas. O resultado foram
escândalos com prisioneiros, insatisfação das tropas e dificuldade
em eliminar um inimigo que está
em toda parte tornam o futuro da
ocupação algo complexo.
Resposta rápida
A capacidade americana de intervir em terra em qualquer parte
do mundo deverá ser ampliada
com a criação de forças mais
ágeis, como as brigadas Stryker,
capazes de ser enviadas por aviões
de transporte com mais facilidade
do que as forças pesadas de hoje.
Hoje uma flexível força de doze
porta-aviões gigantes permite
uma resposta rápida a crises. Nem
todos estão no mar todo o tempo,
mas em julho último, um exercício envolveu nada menos do que
sete deles operando ao redor do
planeta.
O complexo-industrial-militar
demora a se adaptar aos novos
tempos e novas ameaças, porém.
Ainda continuam sendo tocados
sistemas de armas projetados na
época da Guerra Fria com o bloco
comunista, que hoje perderam a
razão de ser -caso, por exemplo,
do moderno caça F-22, que não
tem adversários à altura.
Mas, com exceções pontuais, as
armas dos EUA continuam sendo
as mais poderosas existentes
-seus tanques, seus caças, seus
navios de combate.
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