|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Democratas tentam barrar contratos com óleo do Iraque
DA REDAÇÃO
Um grupo de senadores da
oposição democrata apelou ontem à secretária de Estado dos
EUA, Condoleezza Rice, para
que ela vete a concessão de contratos petroleiros no Iraque,
sem licitação, às gigantes Exxon Mobil (americana), Shell
(anglo-holandesa), Total (francesa) e BP (britânica). As quatro foram forçadas a deixar o
país quando Saddam Hussein
(1979-2003) estatizou a Iraq
Petroleum Company, das quais
eram sócias.
Em carta, o grupo afirma que,
caso não seja ouvido, a oposição, majoritária, bloqueará verbas para o Iraque que não envolvam a manutenção das tropas americanas no país.
O "New York Times" revelara na semana passada que os
contratos, a serem anunciados
dia 30, resultam de cartas-convites do Ministério do Petróleo
iraquiano, que nos últimos dois
anos tem sido assessorado pelas quatro empresas sob forma
de treinamento técnico gratuito -daí a licitação ter sido dispensada. A medida tampouco
esperou a aprovação da Lei do
Petróleo, hoje emperrada no
Parlamento iraquiano, que deve regularizar a exploração.
O Iraque era, antes das sanções da ONU pela invasão do
Kuwait, em 1991, o segundo
produtor mundial de petróleo.
Hoje produz cerca de 2 milhões
de barris ao dia -900 mil a menos do que então.
Com o apoio de nomes como
John Kerry e Claire McCaskill
(integrante da Comissão de
Serviços Armados), o líder do
grupo, Charles Schumer, argumenta que a entrega dos contratos alimentaria a desconfiança de que a invasão do Iraque em 2003 foi motivada por
interesses econômicos e cita
"receio de que essa ação aprofunde as tensões políticas naquele país", expondo ainda
mais os americanos lá.
O governo Bush respondeu
afirmando não ter planos para
interferir. "O Iraque é um país
soberano e pode tomar suas decisões com base naquilo que
acredita ser bom para o desenvolvimento de seus recursos
petrolíferos", disse a porta-voz
da Casa Branca, Dana Perino.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Jihad Islâmico lança foguetes e abala trégua Israel-Hamas Próximo Texto: Guarda israelense se suicida no adeus a Sarkozy Índice
|