São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Guarda israelense se suicida no adeus a Sarkozy

DA REDAÇÃO

Confusão no aeroporto de Tel Aviv interrompeu a cerimônia de despedida do presidente da França, Nicolas Sarkozy, após o suicídio de um soldado israelense. O episódio fez com que o mandatário e sua mulher, Carla Bruni Sarkozy, fossem levados às pressas para o avião.
Quando o tiro foi disparado, o premiê Ehud Olmert beijava a primeira-dama francesa e o presidente Shimon Peres se despedia de Sarkozy. Protegida por um dos agentes de segurança, Carla subiu rapidamente as escadas do avião, seguida por Sarkozy, que caminhou com tranqüilidade. Por precaução, a porta da aeronave foi fechada.
Duas militares israelenses desmaiaram, segundo a agência de notícias France Presse, enquanto guarda-costas escoltavam Olmert e Peres aos seus respectivos carros blindados. Eles não chegaram, porém, a entrar nos veículos. Antes da partida da delegação francesa, o alerta de segurança foi suspenso. Os anfitriões foram até o avião se despedir dos visitantes e, segundo a rádio militar israelense, explicaram que o disparo não tinha relação com uma tentativa de atentado.
Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, o suicida era um dos guardas que fazia a segurança do aeroporto Ben Gurion e o tiro, disparado a 200 metros do local onde estavam os mandatários, não representou risco para as autoridades.
Nos três dias de visita a Israel, com uma passagem pelo território palestino da Cisjordânia, Sarkozy reiterou a intenção "da França e da Europa" de se envolverem nas negociações de paz no Oriente Médio e afirmou que o Estado judaico "não está sozinho" diante da ameaça representada pelo programa nuclear iraniano. Na semana que vem, a França assume a presidência rotativa da União Européia pelos próximos seis meses.
Sarkozy disse que não pretende dialogar com o Hamas a menos que o grupo radical palestino abandone práticas terroristas e pediu que Israel interrompa a construção de novos assentamentos em território palestino, incluindo Jerusalém Oriental (árabe), anexada por Israel em 1967.


Com agências internacionais

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