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Campanha ataca a atuação no Iraque
DE WASHINGTON
De forma bastante organizada,
grupos de direitos civis americanos já começaram uma campanha orquestrada contra a atuação
americana no Iraque.
As duas principais demandas
são: a volta dos soldados americanos e uma investigação mais
aprofundada dos motivos que levaram os EUA a atacar o regime
do ditador Saddam Hussein.
De cada 11 soldados atuando
hoje no Iraque, apenas um não é
americano. As mortes quase que
diárias no país têm sido o principal fator de corrosão da popularidade de George W. Bush.
Na atual campanha iraquiana,
os EUA já perderam mais homens
do que na Guerra do Golfo, em
1991, quando o total de vítimas fatais chegou a 147 pessoas.
Um dos principais críticos é o
partido rival. Os democratas começaram a fazer um abaixo-assinado para forçar o governo Bush
a esclarecer quais informações
dos serviços de inteligência levaram os EUA à guerra no Iraque. A
campanha foi lançada em anúncios de uma página nos principais
jornais dos EUA e na internet
(www.democrats.org/truthnow).
Do outro lado do país, em São
Francisco, a ONG MoveOn.org
também obteve centenas de milhares de assinaturas de internautas pedindo investigação sobre a
acusação de que o Iraque possuía
armas de destruição em massa
-até agora não encontradas.
Além do abaixo-assinado, a
MoveOn.org repassou aos americanos os telefones em Washington das principais lideranças do
Congresso, que receberam cerca
de 400 mil ligações nos últimos
dias cobrando a investigação.
Outras entidades ligadas a pesquisadores de universidades e
institutos respeitados dos EUA
também já estão se unindo para
realizar um levantamento próprio, com base no que foi divulgado, das provas que o governo
Bush tinha contra Saddam.
Na semana passada, os republicanos foram confrontados com
um novo fator de desgaste. O relatório final do Congresso sobre os
atentados de 11 de setembro de
2001 mostrou as autoridades e
serviços de inteligência desorganizados e incapazes de trocar informações que poderiam ter evitado os ataques terroristas em
Nova York e Washington.
(FCz)
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