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Acadêmico busca origem da prática
DE NOVA YORK
Por que a elite nova-iorquina é a
mais esnobe entre as elites norte-americanas, por sua vez as mais
esnobes entre as elites do mundo?
A pergunta foi feita pelo escritor e
acadêmico Joseph Epstein. A resposta saiu na semana passada, em
forma de livro.
É "Snobbery - The American
Version" (esnobismo - a versão
americana), em que ele busca as
origens da prática nos Estados
Unidos, constata seu quase fim na
democracia econômica do pós-Segunda Guerra e explica como
os yuppies dos anos 80 ajudaram
tudo a voltar ao lugar com sua ganância quase infecciosa.
Entre as maneiras encontradas
pela elite norte-americana para
exibir seu bem-estar financeiro,
diz Epstein na obra, espanta a predileção dos pais por usar os filhos
como porta-estandartes de suas
contas bancárias: "Inicia-se já na
pré-escola, quando as crianças
começam a ser pressionadas para
entrar em Harvard".
Estamos falando aqui de meninos e meninas de até cinco anos
competindo para ver quem vai
conseguir ser aceito, uma década
e meia depois, numa das universidades mais prestigiosas dos EUA.
"O terror dos esnobes é que o pequeno Hunter ou a pequena Heather acabem estudando na Universidade da Flórida."
Judeu e professor de história da
Northwestern, em Chicago, Epstein é autor também de "Ambition - The Secret Passion" (ambição - a paixão secreta) e se diz
odiado por seus pares. "Os Wasps
já não dominam a cena, mas ainda estão por aí dando as cartas",
diz ele, se referindo à sigla em inglês que abrevia "branco, anglo-saxão e protestante".
(SD)
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