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Casa Branca volta a deplorar reação russa no Cáucaso
DA REDAÇÃO
Prosseguiram ontem no Ocidente as duras reações, iniciadas na véspera, contra o reconhecimento unilateral, pela
Rússia, da independência dos
territórios georgianos da Ossétia do Sul e da Abkházia. O porta-voz da Casa Branca, Tony
Fratto, desta vez qualificou a
iniciativa de "míope", depois de
o próprio George W. Bush afirmar na terça que o presidente
Dmitri Medvedev tomou "uma
decisão irresponsável".
O vice-presidente americano, Dick Cheney, disse ontem
que a ocupação da Geórgia "é
um assalto injustificável".
Em Paris, o presidente Nicolas Sarkozy, que exerce a presidência rotativa da União Européia, acusou Moscou de tentar
retraçar as fronteiras da Geórgia e qualificou novamente de
"inaceitável" o reconhecimento da independência.
O chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, afirmou haver indícios de "limpeza
étnica" por parte dos russos.
Kouchner também acusou a
Rússia de querer repetir o roteiro da Geórgia na Ucrânia e
na Moldova. O embaixador russo nesse último país desmentiu
que sejam esses os planos de
seu governo.
A chanceler alemã, Angela
Merkel, telefonou ao presidente Medvedev e disse a ele, segundo porta-vozes alemães,
que a ocupação russa do porto
georgiano de Poti "representa
uma grave violação" dos acordos de cessar-fogo.
A França, que atuou como intermediária no conflito do Cáucaso e obteve o cessar-fogo em
nome da União Européia, reunirá na segunda-feira em Bruxelas os governantes dos 27
países do bloco, que definirão
um regime especial de ajuda à
Geórgia e um previsível esfriamento das relações diplomáticas com Moscou.
Em Kiev, capital da Ucrânia,
o chefe da diplomacia britânica, David Miliband, disse que a
Rússia não deveria reiniciar a
Guerra Fria. A seu ver, os ganhos militares do Kremlin no
Cáucaso são largamente compensados por seus enormes
prejuízos políticos.
O governo ucraniano anunciou que pretende renegociar
com a Rússia o arrendamento
de uma base naval no mar Negro, a de Sebastopol, enquanto
a Chancelaria da Geórgia anunciou que estava retirando 12
dos 14 diplomatas que mantém
em Moscou, o que esfria sensivelmente as relações bilaterais
entre os dois países.
Com agências internacionais
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