|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Oportunidade de trabalho e laços
de família atraem os imigrantes
DE WASHINGTON
Dois ""ímãs" principais atraem
hoje um crescente número de
imigrantes para os EUA: trabalho
e conexões familiares.
Os EUA admitem entre 800 mil
e 1 milhão de imigrantes legais
por ano, embora acabem ingressando no país outros 500 mil a 600
mil imigrantes ilegais.
Boa parte dos que chegam vem
amparada na lei de imigração,
que permite a cada novo imigrante legalizado trazer para o país o
cônjuge, os pais e um número ilimitado de filhos menores de 16
anos. Há ainda concessões para o
ingresso de filhos maiores de 16
anos e de seus cônjuges e filhos.
No campo dos ilegais, há uma
reconhecida leniência das autoridades em encontrar e deportar
pessoas. Nos últimos dez anos, o
Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA deportou 412 mil
ilegais, menos de 10% do total que
entrou no país no período.
Além do 1,5 milhão de imigrantes que estão entrando por ano
nos EUA, outros 750 mil nascimentos de filhos de não-nativos
americanos engrossam anualmente a população de origem estrangeira no país.
O fluxo migratório é visto como
uma questão de sobrevivência
tanto do lado americano, que depende dessa mão-de-obra barata,
quando dos países de origem dos
imigrantes.
Cerca de 42% dos imigrantes de
origem latino-americana enviaram dinheiro a familiares em seu
país natal no ano passado, em um
total de US$ 30 bilhões -o que
ajuda a explicar o nível de pobreza
relativa dos imigrantes que vivem
nos EUA.
Segundo Donald Terry, gerente
do BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento), que realizou a
pesquisa, várias economias da
América Latina ""simplesmente
poderiam entrar em colapso" sem
a ajuda financeira que os imigrantes nos EUA fornecem.
Como comparação, os empréstimos oficiais do BID, do Banco
Mundial e de alguns programas
do governo dos EUA para a América Latina somaram apenas US$
5 bilhões no ano passado.
A aceleração no ritmo da imigração nos EUA nos dois últimos
anos ocorreu a despeito de uma
queda significativa na emissão de
vistos para visitantes no país, uma
potencial porta de entrada de ilegais.
Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, houve uma queda na concessão desse tipo de visto de 6,9 milhões de unidades para 4,9 milhões, especialmente para visitantes de países do Oriente
Médio, do Paquistão e da Indonésia.
(FCz)
Texto Anterior: População: EUA enfrentam "bomba demográfica" Próximo Texto: Imigrante é problema e solução nos EUA Índice
|