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Tortura entre palestinos cresce e é mais grave sob Fatah, diz ONG
DA REDAÇÃO
As violações humanitárias
recrudesceram nos territórios
palestinos nos últimos 12 meses, afirma relatório divulgado
ontem pela Human Rights
Watch. Cingidas pela disputa
entre o Fatah, grupo secular do
presidente Mahmoud Abbas, e
o rival Hamas, a Cisjordânia e a
faixa de Gaza vivem uma deterioração do Estado de direito,
com prisões arbitrárias, espancamentos de opositores e abusos contra os detidos.
O documento, de 113 páginas,
relata violações dos dois rivais
palestinos e conclama os doadores internacionais a condicionarem o auxílio ao governo
do Fatah à melhoria da situação
humanitária. Os casos de tortura nas prisões, indica o relatório, foram mais freqüentes na
área controlada pelo Fatah
-único interlocutor considerado legítimo pela Europa e os
Estados Unidos- do que na faixa de Gaza, tomada em junho
de 2007 pelo grupo radical islâmico Hamas.
A organização diz haver uma
aliança entre as forças de segurança da Cisjordânia e milícias
como as brigadas Al Aqsa, ligadas ao Fatah, responsável por
seqüestros de rivais e atentados. A Human Rights Watch
destaca ainda o grande número
de prisões arbitrárias. Centenas de militantes e simpatizantes do Hamas foram presos sem
mandado judicial na Cisjordânia e muitos foram espancados
e torturados, segundo o relatório. O imã Majid al Barghuti
morreu sob custódia.
Algozes na Cisjordânia, os
militantes do Fatah são perseguidos na faixa de Gaza, controlada desde junho de 2007 pelo
Hamas. Centenas foram mortos quando expulsos pela facção rival e há indícios de pelo
menos uma execução extrajudicial recente, em abril.
Em novembro, policiais atiraram contra a multidão desarmada que participava da homenagem do Fatah a Iasser Arafat.
Sete pessoas morreram. O governo do Hamas diz ter punido
38 policiais, não-identificados,
pelo massacre. O relatório cita
a informação de que mais de
mil funcionários públicos teriam sido punidos por acusações relacionadas a abusos humanitários, mas não a endossa.
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