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Shoppings oferecem benefícios especiais para prestadores de serviços que mantêm consumidor por perto
Diversidade ajuda a reter os clientes
Fernando Moraes/Folha Imagem
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LANCE DE PELE O quiosque de massagem Muraoka, instalado no shopping Frei Caneca, atende a cerca de 220 pessoas por semana em sessões que duram de 15 a 25 minutos e custam de R$ 15 a R$ 25
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Atentos à importância de oferecer a maior quantidade de produtos e de serviços para reter os consumidores por mais tempo, shoppings paulistanos buscam formas
inovadoras de agregar facilidades
sem perder a sua identidade.
A sintonia com o cliente define
o tipo de serviço que o estabelecimento deve abrigar. "É preciso
entender o que o consumidor enxerga como satisfação", lembra
Luiz Paulo Lopes Favero, do Provar. A região da avenida Paulista,
repleta de prédios de escritórios, é
promissora para engraxates,
exemplifica. Já o cliente do shopping Iguatemi, em que predominam lojas de grifes caras, procura
mais por salões de beleza.
Renata Aisen, da Integration
Consultoria Empresarial, destaca
aspectos do público a serem conhecidos antes do investimento
em serviços: faixa etária, número
de filhos, busca por status ou por
bem-estar. "O shopping deve informar o perfil dos frequentadores. A partir disso, o empreendedor avalia as oportunidades."
Para incentivar a instalação de
profissionais de algum setor que
considere promissor, o shopping
center pode oferecer facilidades,
como valor de aluguel mais baixo
ou descontos nas taxas de condomínio e no fundo de publicidade,
sugere Nabil Sahyoun, da Alshop.
No estacionamento
Em alguns casos, o centro de
compras chega a oferecer a estrutura pronta de um quiosque ou
deixa de cobrar aluguel do serviço
que atrair mais clientes. Jairo Garbi, proprietário da Tennis Pro
Shop Jairo, "vendeu" a idéia de
uma oficina especializada em raquetes à administração do Eldorado e conseguiu um quiosque.
"Abri as portas sem custo inicial
porque o shopping acreditou no
negócio."
Embora a criação de uma praça
de serviços, a exemplo do que
acontece com as de alimentação,
seja a melhor solução para lojistas
e administradores de shoppings,
às vezes o centro não dispõe de espaço físico e mantém os serviços
na área do estacionamento.
A localização acaba propiciando a diversificação e o desenvolvimento de atividades ligadas a carros, constata Marcos Sérgio de
Oliveira Novaes, do Aricanduva.
Ali podem ser encontrados um
balcão do Detran, corretores de
seguro, auto-escola, concessionárias, oficinas e lava-rápido.
É o caso da DryWash, especializada em lavagem a seco de automóveis, que possui 58 de suas 190
unidades instaladas em shopping
centers de todo o país.
O consultor Roberto Cintra Leite vê como filões ainda promissores academias de ginástica, escolas de idiomas, serviços médicos e
óticos. Outras atividades que já
estão se multiplicando são as de
manutenção de celulares, cibercafés, agências de viagem e de câmbio, laboratórios de análises clínicas e consultórios odontológicos.
O dentista Alan Freitas, que
atende em três shoppings, explica
que os profissionais podem usar o
consultório em esquema de rodízio, a fim de contemplar todas as
especialidades. Segundo ele, manter a clínica num centro comercial
implica comportamento adequado: "É como uma cidade do interior: você cumprimenta todo
mundo, facilita parcelamentos e
é, de alguma forma, consumidor
de seus pacientes".
(JG)
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