|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Capital de risco é opção para viabilizar negócio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Como alternativa ao crédito
oferecido por bancos, as empresas com potencial para um grande
salto de faturamento a curto prazo -em geral, dedicadas à tecnologia- podem buscar nos fundos
de capital de risco um "sócio" que
viabilize a implantação ou a ampliação do negócio.
Essas carteiras reúnem o capital
de investidores que esperam obter alta rentabilidade com empresas que crescerão muito em pouco tempo. "Procuramos boas
oportunidades para investir, mas
a empresa tem de provar que tem
potencial para crescer com vigor", conta André Burger, 42, sócio-diretor da SPFundos, que administra uma carteira de R$ 24
milhões e aplica entre R$ 1 milhão
e R$ 2 milhões por empresa.
A principal vantagem do sistema, apontada pelo consultor do
Sebrae Luiz Ricardo Grecco, é
que, ao fazer o aporte, o fundo
passa a compartilhar os riscos
com o empresário. "O banco
não quer saber se a empresa deu
certo para cobrar o empréstimo."
Outros aspectos atraentes são o
prazo -de dois a cinco anos,
quando o fundo vende sua fatia
para o empreendedor- e o pouco mensurável e aporte de habilidades, que inclui experiência em
gestão e rede de contatos.
A modalidade é pouco difundida no Brasil, em parte porque o
foco de interesse dos investidores
é restrito, em parte porque os empresários não conhecem o sistema e suas exigências ou resistem a
ter o fundo como sócio.
"O grande problema é fazer o
empresário entender a necessidade de uma pesquisa rigorosa e de
um projeto confiável", avalia Antonio Lombardi, 31, gerente de
novos negócios do escritório De
Rosa, Siqueira Advogados Associados, que faz projetos de investimento para fundos de capital.
A disposição dos fundos não representa dinheiro fácil. "Os critérios são rigorosos", avisa Burger.
Junto com o dinheiro, vem um
sócio exigente que cobrará, entre
outros, o cumprimento do plano
de crescimento, cobrará desempenho e resultados e compartilhará decisões. "Não é uma opção para quem tem a empresa como extensão do lar."
Texto Anterior: Dinheiro: Créditos a MPEs serão maiores em 2003 Próximo Texto: Embate torna crédito "inacessível" Índice
|