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BRINDE AOS BRINDES
Empresa aposta em diferenciais e conquista "consumidor consciente"
Amazônia ajuda a sair do óbvio
DA REDAÇÃO
Fugir de velhos brindes como
bonés, canetas, agendas, chaveiros e adesivos e oferecer produtos diferenciados, explorando o
melhor da imagem do Brasil.
Foi com esse conceito que a
Espírito da Amazônia descobriu
um nicho em pleno crescimento
entre os fabricantes de brindes e
até então pouco desenvolvido
no segmento: o do consumo
consciente.
A empresa surgiu há apenas
um ano e meio e foi uma das
pioneiras na fabricação de produtos cujo apelo principal é o
emprego de matérias-primas
vindas da floresta amazônica.
"Tive de quebrar muitos paradigmas, a ponto de quase desistir. Isso porque ninguém acreditava que seria possível produzir
com qualidade, utilizando substâncias genuinamente brasileiras", relembra o microempresário Davis de Luna Tenório, 36.
Antes de criar a empresa, Tenório já havia tentado a sorte
com a exportação de calçados e
tecidos. "Foi quando comecei a
estudar e a visitar a Amazônia,
fase que durou três anos, e então
decidi criar uma linha de brindes baseada no desenvolvimento auto-sustentado da cadeia,
cuja origem está na floresta."
Entre os principais beneficiados no processo produtivo estavam artesãos, agricultores, aldeias indígenas e colhedores de
frutas e resinas.
Hoje, o microempresário comemora o investimento, que foi
de R$ 40 mil à época da abertura
da firma. "Já recuperamos o que
foi investido e temos expectativas de crescer aceleradamente,
até 60% ao ano", calcula. Ele
prefere não revelar, no entanto,
os números do faturamento.
Cupuaçu
A linha de brindes comercializada pela Espírito da Amazônia
é das mais diversificadas: há de
bombons de cupuaçu a flores
tropicais, passando por vasos e
jarras de cerâmica marajoara e
tapajônica (peças vindas do Pará) e caixas de madeira ambientalmente manejada com sabonetes de andiroba. Agora a empresa prepara-se para lançar
uma linha completa de cosméticos fitoterápicos.
Entre os clientes já conquistados estão grandes companhias
como a Embraer, a IBM e o hotel Renaissance, entre outros.
Incluída nas metas de 2003,
está a exportação dos produtos
para os países que mais valorizam o estilo natural da Amazônia. "Já estamos fechando com o
México, e há o interesse de países como Alemanha, Espanha,
França, Itália, Estados Unidos,
sobretudo a Califórnia, Japão e
Canadá", afirma Tenório.
Dificuldades
Mas nem tudo são flores nos
negócios da empresa. O microempresário, que também é
professor de marketing, reclama de dificuldades que limitam
a expansão da empresa, como o
alto custo do frete Amazonas-São Paulo. "Também faltam as
ONGs se estruturarem melhor
para fornecer produtos mais variados", completa.
(CA)
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