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EM FOCO
Segmento cresceu 43% na Grande São Paulo em relação a 2002
Além de bom amigo, cão é bom negócio
SILVIA BASILIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A tradução comercial da velha
máxima referente à amizade entre
homens e cães cresce a cada ano,
tanto em número de pet shops
espalhados na Grande São Paulo
quanto na diversidade de
mimos oferecidos. De acordo
com a Consultoria Palma, especializada nesse mercado, atualmente a região tem cerca de 10 mil
estabelecimentos, número 43%
maior do que o de 2002.
Hoje há negócios especializados
em cesta de café da manhã, banho
de ofurô, exame pré-natal, agência matrimonial e até mesmo
"book canino" -o presentinho,
com cinco fotos, custa R$ 70.
Os números levantados pela
Store Gestão & Marketing, administradora de shopping centers
do Rio Grande do Sul, que entrevistou 1.200 donos de animais domésticos, comprovam o potencial
desse nicho no país -a população de cães e gatos do Brasil é a segunda maior do mundo, atrás
apenas da dos Estados Unidos.
A minoria -5,8%- dos donos
não presenteia seus animais to-
dos os anos, enquanto os
demais compram, no mínimo,
quatro "agrados" por ano.
No que diz respeito à quantia
despendida por mês, 12,30% dizem gastar até R$ 50; 30,15%, de
R$ 50 a R$ 80; 34,58%, entre R$ 90
e R$ 120; 20,23%, de R$ 130 a R$
150; e 2,74 %, mais de R$ 200.
A demanda por serviços de banho também está em alta
-68,5% dos consultados dão esse presente ao "amigo" pelo menos uma vez ao mês.
Megastore
De olho na oportunidade, investidores lançaram, em 2002, no Pari (região central), a Pet Center
Marginal. A megastore, que já registra bons resultados -10 mil
pessoas visitam a loja nos fins de
semana, volume duas vezes maior
do que o registrado em abril de
2003-, apostou em diferenciais
como atendimento 24 horas, estúdio fotográfico e consultoria especializada em gatos.
Outra novidade a ser oferecida
é um "microchip canino", que,
aplicado sob a pele dos cães, pode
ser útil em casos de perda do animal. A expectativa dos sócios para
este ano é positiva. "Projetamos
um crescimento de 50% no faturamento", calcula o coordenador,
Sérgio Zimerman.
No segundo semestre, o grupo
pretende lançar uma franquia, a
Bicho sem Grilos, ainda em fase
de formatação. O que os investidores já adiantam é que as lojas
serão instaladas em shoppings e
em bairros nobres e atenderão ao
público das classes A e B.
Guloseimas e lights
O veterinário Angelo Carotta
Neto, 34, optou por outro segmento, o de panificação. Sua linha
de produtos é composta por panetones, pães de mel, biscoitos e
bolos de aniversário. "Costumava
atender casos de vômito e diarréia
em cães porque os donos davam a
eles muitas bobagens."
Hoje, a Panetteria di Canni recebe encomendas de pet shops de
todo o Brasil e, só no Natal, vendeu 10 mil panetones caninos.
Neste ano, Carotta Neto planeja
lançar uma linha de produtos
light para cães obesos. Sua previsão de faturamento bruto para o
ano é de R$ 1 milhão.
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