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Falta de apoio
dificulta plano
de investimento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Apesar de ter suas vantagens, a migração de negócios
para o litoral não assegura
lucros. Mal planejada, pode
causar prejuízos.
Com três anos de experiência com lojas e quiosques no litoral, o empresário
Caito Maia, 34, da marca de
óculos de sol Chilli Beans, já
teve bons e maus resultados.
Os bons vieram do Guarujá e da Riviera de São Lourenço. O pior, de Maresias.
"É arriscado investir no litoral norte pela falta de infra-estrutura. Não conseguimos
divulgar a marca e não houve incentivo de associações."
De fato, a maioria das associações comerciais do litoral não possui números e balanços que possam direcionar a estratégia de negócios
do comerciante. As prefeituras, do mesmo modo, dificilmente conseguem orientar o
empresário que migra.
Embora pouco comentada, a rivalidade entre comerciantes locais e "estrangeiros" é grande nas praias, e
pode ser outro empecilho.
De acordo com o presidente da Associação Comercial de São Sebastião, Arthur
Ramires Balut, a cidade não
está totalmente de portas
abertas a novos negócios.
Segundo ele, o comércio
sazonal "não é bem-vindo"
na região de São Sebastião,
pois "prejudica os vendedores locais, que esperam muito pela boa safra do verão".
Para o presidente da associação, a competição entre
os comerciantes de cidades
grandes e os litorâneos é desleal. "Eles [os sazonais] trazem estruturas melhores do
que as nossas", opina.
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