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Pesquisa de campo evita migração frustrada
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Conseguir superar os vários
obstáculos e constituir um negócio em outro país pode render
bons dividendos. Mas é preciso
cautela em cada etapa do processo para evitar passos em falso.
A escolha de um ponto inadequado, por exemplo, pode arruinar o empreendimento. Os custos são, em geral, mais altos que os
necessários para montar uma empresa aqui. Obter financiamento
nem sempre é possível, já que as
instituições financeiras no exterior exigem projeto muito bem
elaborado para abrir seus cofres.
"Uma das maiores dificuldades
encontradas pelo empresário é o
desconhecimento da legislação
local", constata Cecilia Castelli,
gerente do Oliveira Neves e Advogados Associados no Uruguai.
Os obstáculos envolvem tributações específicas para cada tipo
societário, políticas de remessa de
capital, especificidades com relação a leis trabalhistas e restrições à
mão-de-obra estrangeira.
É preciso ainda adaptar produtos e serviços à cultura local.
Também fundamental é a pesquisa de mercado. A churrascaria
Fogo de Chão começou a empreendê-la nos seus restaurantes
no Brasil. Segundo o sócio Arri
Coser, 40, foram os clientes estrangeiros aqui no país que sugeriram a expansão de fronteiras.
Em uma viagem aos EUA, Coser e um sócio visitaram 50 restaurantes em 20 dias para estudar
a concorrência. Em 1993, decidiram entrar naquele mercado.
O primeiro ponto, em Dallas, só
foi inaugurado em 1997. "Possuir
uma loja só não vale a pena. O
custo administrativo é alto", diz.
Hoje contam com quatro restaurantes nos EUA, que representam
80% do faturamento do grupo.
José Mário Freitas, 40, sócio da
Primo Sabor, fábrica de pães de
queijo, tentou a sorte na Austrália
com um amigo que mora lá há 15
anos. "O produto, apesar de bem-aceito, é desconhecido no país.
Por isso os custos de promoção e
marketing são altos."
(EV)
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