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Autoconfiança e ousadia ajudam a revitalizar locais degradados
Negócio ruim se torna desafio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Um investidor procurar o melhor ponto possível para abrir a
sua empresa -buscando conciliar facilidade de logística, baixa
concorrência e intenso fluxo de
clientes- é algo natural. Mas,
ao contrário do que se possa
imaginar, há quem persiga exatamente o oposto disso.
"Quando se fala em pontos
comerciais, há três tipos de negócio. O investidor pode criar
um ponto do início, comprar
uma empresa saudável e instalar seu negócio ou então confiar
no seu taco e comprar um ponto
desacreditado para reerguê-lo",
avalia Marcelo Cherto, presidente do Instituto Franchising.
Das três modalidades de negócio, a preferida do empresário
Osmar Temperani, 58, é a terceira. "Sempre gostei de arriscar. A vitória fica mais gostosa
quando desacreditada."
Temperani abriu há cerca de
quatro anos o restaurante O
Compadre, em um ponto considerado problemático. "Diziam
que tinham enterrado cabeça de
bode lá -nada dava certo. Mas
eu não ouvi os conselhos e confiei no taco da comadre (sua
mulher, Rosa Temperani, que
comanda a cozinha do local)."
Hoje, o restaurante, de 450 lugares, serve uma média de 500
refeições diárias. Para comprar
o ponto considerado ruim,
Temperani pagou R$ 1,3 milhão, assumindo dívidas trabalhistas e com fornecedores.
"Nem pechinchei. Se fosse
montar uma estrutura dessas do
zero, gastaria R$ 4 milhões", diz.
A reforma dos 1.200 m2 de área
útil do local durou sete meses. O
desafio, considera Temperani,
foi vencido. Para ele, um ponto
comercial só é inviável quando
tem problemas de acesso. "Por
exemplo, um restaurante em
uma avenida movimentada,
mas sem estacionamento. Daí
não tem jeito", afirma.
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