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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003


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PÓS-VENDA

Personalização e gerenciamento dos dados são importantes para o bom aproveitamento do serviço

Ação malfeita pode gerar desafetos

DA REPORTAGEM LOCAL

Se mimar é a tendência, como e a quem mimar devem ser motivos de cautela. Caso contrário, a ação de pós-venda pode até se tornar motivo de desafetos.
Esse é o alerta de Fernando Pierry, sócio do Peppers & Rogers Group do Brasil. "Como o pós-venda é uma ferramenta de relacionamento com o cliente, não pode ser igual para todos. Satisfazer todo mundo a qualquer custo não é o que está em questão nesse caso", enfatiza o especialista.
As famosas pesquisas para checagem de satisfação, por exemplo, são consideradas por ele um ponto controverso. "Há clientes que têm mais tolerância a elas, outros têm menos. Não dá para ficar ligando para o cliente e perguntar se ele está satisfeito a cada vez que respirar", esclarece Pierry.
No entanto há empresas que consideram essa prática de verificação do contentamento uma etapa fundamental do negócio.
Na rede Kitchens, que vende móveis para cozinhas, a postagem de uma pesquisa que pede notas de zero a dez para diversos itens relacionados a produto e atendimento ajudou a elevar o grau de satisfação para a casa dos 90%, segundo os responsáveis.
"Enquanto o resultado da pesquisa for "regular", continuamos trabalhando na situação. Só paramos quando o cliente disser que está satisfeito", diz Josué Rinaldo Cardenuto, gerente da rede.
Outra ação de pós-venda da marca é a disponibilização de acompanhamento técnico durante a etapa de obras, sem custo adicional. "É importante porque o nosso produto é complexo. O cliente compra a ilusão que vê no showroom. Precisamos torná-la realidade", justifica Cardenuto.

"Foi tudo bem?"
Já na gaúcha Cinex, fabricante de armários em alumínio e vidro, uma central 0800 é a principal porta aberta ao relacionamento com o cliente. "Ficar apenas rastreando com perguntas do tipo "foi tudo bem?" não funciona", avalia o coordenador de mercado e negócios da empresa, Alberto Lazzarotto, 29. "O pós-venda existe para garantir que o prometido pelo fornecedor aconteça, não é para enfeitar."
Fernando Pierry, da Peppers, concorda. "É preciso gerenciar bem as informações geradas pelo pós-venda, transformando-as em ações práticas. Fazer só por fazer não adianta", conclui.


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