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Negócios vão de concessionária a acessórios para motoboys
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para quem pretende abrir um
negócio no setor de motos, há várias opções, que variam de acordo
com o fôlego do investidor.
Uma das possibilidades é abrir
uma concessionária, o que exige
investimento inicial em torno de
R$ 500 mil. Para abrir o negócio, é
preciso passar por um processo
seletivo organizado pelas fabricantes. Um dos quesitos importantes é a escolha de um ponto
com demanda não-atendida.
As duas maiores fabricantes de
motos no país são a Honda e a Yamaha, responsáveis por 86% e
13% da produção de 2003, respectivamente. Para quem tem dúvidas sobre o melhor ponto, o presidente da AssoHonda, Paulo Freire, avisa que a rede cresce "no interior do país e em regiões menos
desenvolvidas economicamente".
Outra opção é fabricar peças e
acessórios. Com R$ 100 mil é possível abrir um negócio competitivo na área, calcula Orlando Leone, presidente da Anfamoto.
Para quem prefere montar uma
loja simples, investimentos a partir de R$ 20 mil são suficientes.
Mas os efeitos da crise são sentidos com mais intensidade nesse
segmento de comércio. "Há muitas lojas abrindo, mas também há
muitas fechando por causa da alta
inadimplência", alerta Márcio Bigai Pereira, 35, proprietário da loja Atlanta.
Um nicho que ainda deve se expandir é o de "off-road" (motocross e enduro). "As vendas de
equipamentos esportivos cresceram de 10% a 15% nos últimos
dois anos", diz Welington Valadares, 38, da loja WV. Segundo a
Federação Paulista de Motociclismo, havia 720 praticantes de "off-road" associados à entidade em
2001, contra 1.400 hoje.
Criatividade
Como outros setores, o de motos abre espaço para boas idéias.
A indústria Motobor, por exemplo, inventou uma espécie de cinto de segurança, o "agarradinho",
que permite que o passageiro de
mototáxis se segure no condutor
sem que haja contato físico direto.
"Isso resolve o problema de maridos ciumentos que não deixavam suas esposas andarem de
mototáxi", explica Rogério Emídio da Silva, 40, diretor comercial.
Em agosto de 2002, a indústria
começou a produzir cerca de 200
unidades/mês. Hoje, são mil.
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