São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2001 |
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A tarja
Compare as imagens acima. Notou a diferença? Se não notou, vai uma dica: atente para a região das nádegas das três figuras. Deu certo? Já deve estar evidente que a ilustração da esquerda traz uma tarja com os dizeres "os homens são todos iguais" bem mais larga do que a mesma tarja na imagem da direita. Nos dois casos, trata-se da primeira página de um anúncio de duas páginas de uma fábrica/loja de roupa masculina. A versão à esquerda saiu na sexta-feira (dia 5), no "Estado de S.Paulo". O jornal, provavelmente no intuito de não "chocar" demais os seus leitores (e leitoras), optou por engrossar a tarja originalmente criada pelos publicitários, descaracterizando, ao menos em parte, as intenções do anunciante -ao que se sabe, à revelia deste. A outra versão, do "Globo", publicada no mesmo dia, mantém o original, os corpos mais expostos. Diferença sutil -cujas consequências do ponto de vista publicitário eu não saberia determinar-, mas significativa. No mínimo, curiosa. Texto Anterior: O caso Suez-soez Próximo Texto: Números do atendimento Índice Bernardo Ajzenberg é o ombudsman da Folha. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Ele não pode ser demitido durante o exercício do cargo e tem estabilidade por seis meses após o exercício da função. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva do leitor -recebendo e verificando as reclamações que ele encaminha à Redação- e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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