São Paulo, domingo, 03 de novembro de 2002 |
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TENDÊNCIAS/DEBATES Vacinas imbatíveis VICENTE AMATO NETO e JACYR PASTERNAK
É imperioso frisar que todos os incumbidos de concretizar iniciativas
ou providências no contexto da saúde
pública precisam respeitar, indiscutivelmente, quatro premissas fundamentais: a promoção da saúde; a prevenção
de doenças; o diagnóstico e o tratamento; e a atenção quanto às sequelas e à
reabilitação profissional.
Avanços tecnológicos, de reconhecido valor, não podem, porém, ser encarados como fins prioritários, já que representam meios válidos em certas efemérides, num âmbito que requer suficiência de outras medidas. A atenção quanto às sequelas e à reabilitação é capítulo em que há marcante desinteresse e deficiências. Poucos órgãos dedicam-se às obrigatoriedades nele situadas e exige-se rápida e concreta mudança da conjuntura vigente. Essa explanação didática, crítica e estimuladora de correções e progressos dá chance para que exaltemos setor que, de fato, vem gerando pujantes benefícios e ocupando a mais destacada posição no elenco que sintetizamos. Trata-se da área que depende do emprego de recursos imunobiológicos, destacadamente representados por eficientes vacinas. O Programa Nacional de Imunizações, bem assessorado, ganhou paulatinamente ampliação, e acreditamos que esse crescimento continuará. Ele mostrou grande eficiência, porquanto erradicou a varíola e a poliomielite, permitindo prevenção exuberante de diversas doenças infecciosas. Aconteceu, paralelamente, a implantação dos Centros de Referência e Imunobiológicos Especiais, havendo ainda a cooperação de clínicas de serviços de imunização privadas. Ainda mais, quando necessário e viável, surtos epidêmicos foram enfrentados por intermédio de vacinas. É justo, portanto, eleger a utilização de vacinas o mais bem-sucedido instrumento no âmbito dos trabalhos da saúde pública. Significa exemplo digno de ser imitado, prestigiado e ampliado. Vicente Amato Neto, 75, médico infectologista, é professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. Foi Secretário de Saúde do Estado de São Paulo (governo Quércia). Jacyr Pasternak, 62, médico infectologista, é doutor em medicina pela Unicamp. Texto Anterior: TENDÊNCIAS/DEBATES Marilena Chaui: A mudança a caminho Próximo Texto: Painel do leitor Índice |
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