São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008 |
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CLÓVIS ROSSI Acabaram-se as certezas
SÃO PAULO - Era uma vez o tempo em que um certo grupo de economistas tinha tantas certezas absolutas e definitivas que passavam a impressão de que seriam capazes
de dizer, sem pestanejar, quantos
milímetros de chuva cairiam no dia
29 de abril de 2011. Pior: os jornalistas acreditávamos neles.
A crise financeira iniciada em
agosto do ano passado teve ao menos essa formidável qualidade: os
economistas já não têm certezas, só
dúvidas (e, os jornalistas, idem,
idem, salvo um outro que acha que
fala com Deus todos os dias). Ah,
minto, ainda há uma categoria de
economistas, os profetas do apocalipse, que continuam tendo certezas. Dia após dia, prevêem uma catástrofe na primeira curva da esquina. Um dia, acertam e reafirmam-se
em suas certezas. |
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