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CARLOS HEITOR CONY
Tese de mestrado
RIO DE JANEIRO - Uma caneta divide-se em três partes: a tampa, a pena
e a caneta propriamente dita. A tampa serve para tampar a caneta e proteger a pena. A pena é a variante das
antigas penas de ganso que os antigos usavam para escrever, mas, em
alguns casos, é substituída por pequenina esfera, daí que o nome delas
passou a ser "esferográfica".
A caneta propriamente dita é o corpo principal dela, onde se colocam os
cartuchos com tinta em massa, no caso das esferográficas, ou onde fica o
depósito que armazena a tinta líquida, bombeada por pequena alavanca
lateral ou por uma espécie de conta-gotas de borracha nos modelos mais
antigos.
A finalidade da caneta é escrever.
Apesar dos computadores e editores
de texto de que hoje dispomos, ainda
se usa a caneta para assinar nomeações de ministros e assessores, liberar
verbas para os municípios que adotaram o Fome Zero, assinar lista de
presença nas missas de sétimo dia.
Um rei em desespero queria trocar
seu reino por um cavalo: "A horse! A
horse!". Em idêntica situação, um rei
de hoje pediria uma caneta, variando a língua de acordo com o reino.
Nada mais desolador do que um rei
sem cavalo e sem caneta. Definida a
caneta, é necessário definir um cavalo. Trata-se de um animal com cabeça, tronco e membros, e só difere do
homem, que é um animal bípede,
porque é um quadrúpede (*). Não
deve ser confundido com cavalo-vapor, mais conhecido pela sigla HP
(**). E muito menos com cavalgadura, que é outra coisa.
(*) Quadrúpede é o animal que tem
quatro pés ou patas (apud Aurélio, in
"Novo Dicionário da Língua Portuguesa").
(**) Em inglês: "horse power".
Nota: Este trabalho não teria sido
possível sem a ajuda do corpo docente da UJG e, em especial, de Catarina,
minha esposa, que me ajudou com
seus esclarecimentos.
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