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PLÍNIO FRAGA
Que terço reza a oposição carioca
RIO DE JANEIRO - Uma análise
dos números das eleições no Rio
desde 1996 mostra que candidaturas de partidos oposicionistas, somadas, por repetidas vezes navegaram na faixa dos 30% dos votos. Em
1996, no primeiro turno, os partidos de oposição conseguiram
30,3% dos votos. Em 2000, os oposicionistas foram a 31,7%.
Em 2004, Cesar Maia buscava a
reeleição, sendo situação em nível
municipal e oposição em nível federal. Houve uma polarização em que
Maia obteve 50,1% dos votos no primeiro turno, e a oposição em nível
municipal e situação em nível nacional atingiu 46,2%.
Nas eleições presidenciais de
2006, Lula obteve no Rio, no segundo turno, 69,69% dos votos, contra
30,31% do oposicionista tucano Geraldo Alckmin.
Na pesquisa Datafolha de março,
o eixo pró-Lula -representado por
Marcelo Crivella (PRB), Jandira
Feghali (PC do B), Eduardo Paes
(PMDB) e Alessandro Molon
(PT)- somava 50% dos votos. O eixo anti-Lula -Fernando Gabeira
(PV), Solange Amaral (DEM) e Chico Alencar (PSOL)- atingia 26%,
com margem de erro de quatro
pontos percentuais para mais ou
para menos.
Líder até aqui, Marcelo Crivella
está emparedado pelo isolamento
de seu PRB, o que o deixaria com
magros 2 minutos dos 60 diários do
horário gratuito no rádio e na TV.
Paes e Jandira podem ser beneficiados pela migração eventual de
seus votos como aliados de Lula.
Na oposição, Solange Amaral tem
de provar que é viável; Gabeira precisa mostrar ser capaz de obter votos nas camadas mais pobres e menos estudadas dos eleitores; Chico
Alencar, fruto da aliança PSOL-PSTU, carece de músculo partidário para crescer. Juntos, estão na
faixa oposicionista dos 30%, mas,
separados, podem deixar a disputa
pela Prefeitura do Rio no segundo
turno entre dois aliados de Lula.
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