São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008 |
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CARLOS HEITOR CONY "Caso de matraca"
RIO DE JANEIRO - Para aumentar a poluição que está sendo feita
sobre o centenário da morte de Machado de Assis, aí vai uma contribuição que encontrei num de seus
contos mais famosos: "Naquele
tempo, Itaguaí, que como as demais
vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma
notícia: ou por meio de cartazes
manuscritos pregados na porta da
Câmara e da matriz; ou por meio de
matraca. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma
matraca na mão. De quando em
quando tocava a matraca, reunia-se
gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam -um remédio para sezões, umas terras lavradas, um soneto, um donativo eclesiástico, o
mais belo discurso do ano etc." |
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