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Farmacêutico reuniu coleção de 300 fotografias
DA REDAÇÃO
Toda cidade tem aquele morador apaixonado, colecionador de fatos curiosos e contador de histórias do lugar.
Pergunte para quem freqüentou o Guarujá nos anos 60
sobre alguém com essas características e provavelmente ouvirá uma resposta como "o seu
Oswaldo, da farmácia!"
Bicho de pé, pisada em ouriço, garganta inflamada, cólica,
enjôo, indisposição de estômago? Todo mundo corria à farmácia do seu Oswaldo, que ficava embaixo do edifício Pernambuco, na Mário Ribeiro.
Oswaldo Cáfaro, que morreu
há dois anos, aos 95, não era só
famoso por resolver as emergências dos enfermos mas também por ser um inveterado colecionador de fotos. Imagens
que, hoje, podem ajudar a contar a história do Guarujá. A família planeja doar o acervo de
fotos, com mais de 300 registros, a um museu.
Foi com os turistas estrangeiros que iam ao Guarujá aos
montes, principalmente no começo dos anos 40 -quando o
jogo ainda era legalizado na cidade-, que Oswaldo começou
a coleção. "Os gringos gostavam de tirar fotos e fazer cartões-postais com elas. Muitos
acabavam mandando de presente para o meu avô", conta o
neto caçula, Ricardo Cáfaro.
Mas a herança deixada por
seu Oswaldo ao neto tem mais
raridades. Guardo comigo fichas e cartas de baralho do antigo cassino", diz. As histórias
das fotos e dos objetos foram
passadas de avô para neto entre
pães e capuccinos. "Tomávamos café da manhã juntos."
Entre as histórias que o palmeirense -que virou santista
só para conquistar o coração da
amada- gostava de repetir, estavam boatos de época, como
os que envolviam confidências
entre Santos Dumont e a cantora lírica Bidu Sayão. "Nessa hora, uma das frases que ele mais
gostava de repetir era: "hum... aí
tinha!'", conta o Ricardo.
(PPR)
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