JOSÉ AGUIAR
FREE-LANCE PARA FOLHA

Exibida em mais de 20 países desde que foi lançada, pela rede londrina BBC, em 1997, a série infantil "Teletubbies" já é um dos programas da TV Cultura mais assistidos na Grande São Paulo. Também veiculado na TV paga, pelo Discovery Kids, é dirigido a crianças de 0 a 3 anos.
Num cenário colorido, temas cruciais como o que é a cor laranja, noções de longe e perto ou de grande e pequeno dão o tom. Seu ritmo quase hipnótico, deixou preocupados muitos pais quando uma avalanche de produtos ligados à série chegou às lojas. Afinal, os doces bonecos seriam apenas pretexto para atingir um novo mercado ainda inexplorado?
Vieram também as interpretações discutíveis, como a de que Tinky-Winky seria homossexual por ter uma antena triangular (símbolo gay) e usar bolsinha.
Nada disso. Os personagens agem mais ou menos como seu público-alvo. O que não impede que muitos adultos se afeiçoem a eles.
Há dois meninos, Tinky-Winky, o maior da turma, e o dançante Dipsy, de cor verde e antena reta. As meninas são Laa-Laa, amarela e com uma antena que lembra um raio, e a menor do grupo, Po, vermelha e de antena circular.
Os produtores da série, Anne Wood e Andy Davenport, dizem que o objetivo é incentivar as crianças a desenvolverem seu raciocínio espacial, temporal e musical. Na verdade, os Teletubbies são o primeiro contato das crianças com a TV.