São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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"Astro" também chora em velório

DA REPORTAGEM LOCAL

Orgulhoso de sua profissão, o "claqueiro" Ézio Luis da Silva, 52, avisa logo: "Meu nome artístico é Papai Noel. Já fiz esse papel no Faustão e, agora no Natal, vou descer a caráter de um helicóptero no Bangu Atlético Clube [zona oeste do Rio]".
Figurante de filmes como "Central do Brasil" e de novelas como "O Rei do Gado", ele transita pela Globo há cerca de 20 anos e diz que, na emissora, está em "quase todas". Dias atrás, por exemplo, figurou como mendigo ao lado de Edson Celulari, em "Sabor da Paixão".
Aposentado há dez anos de uma profissão "que é um assunto totalmente particular", Silva está na claque desde 1998 e diz que sua risada é um dom.
"Como chorar também é. Aliás, me coloco à disposição de vocês. Se por acaso tiver algum velório, temos um grupo e fazemos também". O pagamento, nesse caso, é a combinar.
Quanto à claque, ele dá seu recado: "Pede aí pra Globo dar mais um pouquinho. O cachê é praticamente muito bom [sic], dá pra sobreviver. Mas o que vier a mais é lucro".


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