|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Donos se dividem entre queixa e louvor
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No momento da segunda revisão, alguns proprietários chegam
a se arrepender da compra do veículo. É o caso do empresário Anderson Alves de Oliveira, 28, que
adquiriu um Mercedes-Benz A
160, zero-quilômetro, em 1999.
""A revenda De Nigris orçou a
segunda revisão em R$ 1.350,
antes de olhar o carro. Depois
que reclamei do preço e do procedimento, deram um desconto e
parcelaram o pagamento."
Oliveira disse que a concessionária troca peças, como o sensor
de desgaste de pastilha, mesmo se
ela não estiver gasta. ""Eles alegam
que essa é a vida útil da peça e que,
portanto, precisa ser trocada."
Segundo a DaimlerChrysler,
as concessionárias são livres pa-
ra determinar o valor da mão-de-obra. A montadora apenas su-
gere o preço das peças.
Querendo fugir das autorizadas,
Oliveira procurou uma oficina
particular, mas é preciso programar um sensor que diz que o carro foi revisado. "E só um aparelho
da Mercedes faz isso."
Por outro lado, o analista de sistemas Cássio de Alcântara não se
importa em pagar mais. Dono de
um Renault Mégane, ele diz não
confiar nos mecânicos. "Hoje os
carros têm muita tecnologia, e é
difícil encontrar pessoas que tenham certeza do que fazem."
Até agora, a revisão mais cara
foi a dos 60 mil quilômetros, pela
qual Alcântara desembolsou cerca de R$ 1.000. "Foi preciso remover as correntes, um serviço que exige conhecimento." Para ele, as checagens nas autorizadas valorizam o veículo na revenda.
Texto Anterior: Os olhos da cara Próximo Texto: Salões: Paris e São Paulo vivem descompasso Índice
|