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SEGURANÇA
Unicamp e empresa gaúcha mostram prancha e cinto; SP abriga a Semana Criança Segura, com checagem de cadeiras
Lançamentos miram proteção infantil
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Ministério da Saúde calcula
que, todo ano, 1.200 crianças até
14 anos morram vítimas de acidente de trânsito. Para especialistas, a estatística diminuiria até
71% se estivessem acomodadas
corretamente. Mas o problema
pode estar, justamente, na cadeirinha ou no cinto de segurança.
Em 2003, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizou testes de impacto e constatou que os cintos de segurança
não são eficientes. As crianças podem sofrer traumatismo quando
projetadas contra o banco da
frente. O uso do cinto abdominal
pode causar laceração das vísceras. Cinto de três pontos só devem
ser usados por quem tem mais de
1,45 m de altura.
Para corrigir isso, a Faculdade
de Engenharia Mecânica criou
uma espécie de prancha para ser
fixada no banco traseiro com o
cinto do veículo. Cintos adicionais "prendem" a criança em
mais pontos. A universidade já
pediu a patente do sistema e prevê
que ele custe um terço do valor
dos equipamentos tradicionais.
A "cadeira" da Unicamp funciona como uma mochila. Alças
nos ombros e na cintura -nenhuma passa pelo pescoço- permitem que a criança fique firme
no dispositivo. Braços e pernas ficam livres, e não há tecido acolchoado e, portanto, quente.
Solução gaúcha
Outra novidade nesse segmento
vem da Criancinto, empresa de
Novo Hamburgo (RS). Depois de
nove meses de projeto, o produto
-que leva o mesmo nome do fabricante- foi aprovado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial).
O funcionamento é parecido
com o do da Unicamp, que havia
reprovado a Criancinto no ano
passado. A diferença é que, agora,
não há como deitar no banco. Ele
é ideal para crianças de quatro a
dez anos e, em São Paulo, pode ser
encontrado na Alô Bebê (0/xx/
11/5585-3500) por R$ 119.
Nos EUA, durante a The Auto
Interiors Show, que aconteceu em
maio, foi mostrado o Grammer
Automotive Integrated Child
Booster Seat. Foi feito para crianças que pesam mais de 22,5 kg e
que não cabem nas cadeirinhas
infantis, mas são pequenas demais para os cintos das fábricas.
O assento pode ser regulado,
adaptando-se melhor ao tamanho da meninada. Quando não
for usado por uma criança, é facilmente transformado em assento
de adulto sem a necessidade de
remover peças. O equipamento
circula pela Alemanha a bordo de
alguns modelos da Volkswagen.
Enquanto estudos não saem do
papel e componentes importados
têm preços proibitivos, pode ser
uma boa pedida participar da Semana Criança Segura, que vai até
o domingo que vem (dia 11).
Equipes mostrarão os tipos de cadeirinhas mais adequados ao peso e ao tamanho da criança, além
de sua instalação certa.
Faz parte da programação checar gratuitamente as cadeirinhas
nos supermercados Extra Itaim
(dias 5 e 6; rua João Cachoeira,
899, Itaim Bibi, zona oeste de São
Paulo), Extra Morumbi (dias 7 e 8;
avenida Marginal do Rio Pinheiros, 16.741, zona sul) e Extra Taboão da Serra (dias 9 e 10; rua João
Batista de Oliveira, 47/329).
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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