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SALÃO DE TÓQUIO
Espaço de sobra fica restrito aos protótipos
DO ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO
Enquanto o futuro e a ditadura
dos minicarros não chega, as
montadoras nipônicas aproveitam para "delirar" no desenho de
protótipos para modelos maiores.
E os automóveis expostos no salão mostram que, apesar de a
preocupação com o espaço ocupado pelo veículo ser posta de lado, a determinação de não agredir
o ambiente permanece.
Na soma de quantidade de modelos com força para surpreender
visitantes, ninguém bateu a Honda, que apresentou três conceitos
dignos de nota. O mais representativo deles é o HSC, esportivo
com corpo de alumínio, apelo retrô e um motor V6 (seis cilindros
em "V") capaz de produzir mais
de 600 cavalos.
Com traços mais futuristas, o
conceito Imas tem as suas linhas
esportivas revestidas por fibra de
carbono em vez de alumínio. Mas
o melhor do carro não dá para
ver: segundo cálculos da Honda,
ele roda mais de 40 km com um litro de gasolina.
Completa o time de craques visuais da montadora o sedã Kiwami. Antevendo os aclives e os preços de combustível que terá de enfrentar, foi concebido com tração
integral e é movido a células de hidrogênio.
O mesmo tipo de combustível
impulsiona o Mobile Terrace, da
Suzuki. O nome do modelo diz
tudo. Trata-se de um terraço móvel em forma de van, com três fileiras de bancos, cuja reconfiguração permite, por exemplo, a formação de uma sala com mesa e
até seis assentos.
Ou seja, dá para jantar ou jogar
War durante a viagem.
Esportivo
Bem menos familiar é o Mazda
Roadster Turbo. O design segue
linhas clássicas dos esportivos dos
anos 50, e o interior é pautado pela sobriedade, o que acaba destoando um pouco da esportividade sugerida pelo modelo.
Outro roadster que toma impulso no passado para pular no
futuro é o Subaru B9 Scrambler.
Por baixo, ele chama a atenção
pelo sistema de suspensão a ar,
que aumenta ou diminui a distância do carro em relação ao solo de
acordo com o terreno. Por dentro,
vale pelo painel, que lembra o desenho de uma asa de avião.
Como se fosse um sofá-cama, o
esportivo CS&S, da Toyota, exibe
numa primeira olhada apenas
dois lugares. Mas, por meio do
deslizamento de uma parte da lataria atrás dos ocupantes, mais
uma dupla de assentos se revela.
Deixando a esportividade de lado, a Nissan procurou, com o
protótipo C-Note, propiciar mais
conforto aos ocupantes de um
modelo compacto. O efeito é realçado pelo uso farto do bege claro
no interior, o que gera um ruído
com os traços agudos exibidos do
lado de fora.
Evoluir mais do que surpreender. Esse foi o mote que pautou os
dois conceitos expostos pela Lexus, subsidiária da Toyota. São
eles o LF-S e o LF-X, sedãs grandões feitos para dar um toque
moderno a um design que não
choca os possíveis compradores
desse tipo de veículo.
Aventura
O Salão de Tóquio também reservou alguma emoção para os
que gostam de aventura. Entre os
fabricantes do outro lado do
Atlântico, aquele que arrancou
mais "ohs" na capital japonesa foi
a Jeep. O responsável pela façanha
foi o monovolume Treo. Seu design ousado e futurista procura
agradar aos aventureiros que moram na cidade.
Versátil, tem até suporte para
duas bicicletas, apesar de ele próprio não ser muito maior que esses veículos.
(EDSON FRANCO)
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