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Etiqueta evita veículos com tração "animal"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Existe uma etiqueta da direção.
Conhecê-la e respeitá-la pode ajudar a tornar o trânsito um pouco
mais civilizado. O capitão Marcel
Lacerda Soffner diz que, antes de
tudo, é preciso estar relaxado.
"Entre no carro com o espírito
desarmado. A parte emocional é
muito importante para o motorista. Use o bom senso no trânsito,
seja cortês, não aceite provocações, nunca puxe briga com ninguém. O melhor motorista é o que
tem noções de cidadania", ensina.
Esse também é o conselho de Jeter Gomes, da CET. "Seja solidário, dê passagem, pare para um
idoso atravessar. A via é pública,
todo mundo tem o mesmo direito, mas nem todos possuem a
mesma estrutura física. O caminhão, o ônibus e o carro são grandes; o pedestre e o motociclista
são mais frágeis. Você tem de levar isso em consideração."
Passagem
Na prática, isso se traduz em detalhes. Ao pedir passagem para o
carro da frente, não acenda o farol
insistentemente. Dê um toquinho
de leve no farol e aguarde um
tempo para que o carro saia da
sua frente com segurança.
O mesmo vale para a buzina,
que deve ser usada somente para
advertência, com toques breves.
As buzinas que imitam sons de
animais ou tocam hinos de futebol não são proibidas, mas podem assustar ou causar brigas.
Proibidas são aquelas que usam
sons similares aos dos veículos de
emergência: bombeiros, polícia,
ambulância. Também não se pode buzinar entre 22h e 6h e nas
áreas indicadas pela sinalização,
como as próximas aos hospitais.
Reciclagem
O pisca-alerta deve ser acionado
quando o carro estiver parado e
-graças a uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro-
quando o motorista estiver em situação de emergência, transportando uma pessoa doente, por
exemplo, ou com um pneu furado
enquanto tenta chegar ao borracheiro. Então, quando você vir alguém circulando com o alerta ligado, dê passagem, saia da frente.
Evite furar escoltas e cortejos funerários. Além de ser infração,
portanto passível de multa, não é
nada educado.
Segundo Soffner, quase a metade dos frequentadores do temido
curso de reciclagem (ministrado
para quem acumulou muitos
pontos na carteira de habilitação
por infrações no trânsito) é formada por jovens: 43%.
A grande maioria, 85%, é formada por homens. "O automóvel
interfere na psicologia do indivíduo e, principalmente no caso dos
meninos, é um símbolo de status.
Os jovens se sentem onipotentes e
poderosos com um carro na
mão", afirma o capitão.
É por causa disso que acontecem o abuso da velocidade e a falta de obediência às regras. De
acordo com Soffner, as falhas humanas são responsáveis por 80%
dos acidentes. Ele lamenta que o
Código de Trânsito Brasileiro, em
vigor desde 1998, seja tão pouco
conhecido.
(WM)
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