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Poucas placas
DA REPORTAGEM LOCAL
O Iguatemi é elogiado pelos
arquitetos pela simplicidade de
circulação de seu projeto original. A facilidade, no entanto, foi
se perdendo ao longo dos anos.
"Hoje o traçado é caótico em
função dos vários anexos, remendos e blocos de garagens",
diz o arquiteto Marco Donini.
Na visita, Carlos Faggin destacou a falta de um ponto central que facilitasse a percepção
global dos espaços. "O relógio
d'água é um ponto de referência, mas está na periferia do
shopping", observa. Quem depender de placas para encontrar escadas, cinemas e praça
de alimentação não encontrará
muitas. As poucas existentes,
como as que indicam banheiros, não têm destaque. A administração afirma não colocar
placas "em excesso" para não
poluir o espaço. "Toda a equipe
é treinada para dar suporte caso os clientes precisem de informações adicionais", diz.
Os anexos que foram construídos ao longo dos anos saem
do piso superior. Na ala mais
nova, as lojas estão enumeradas em um pilar. No canto, o
consumidor encontra, com certo esforço, a entrada de um corredor de serviços.
Os mapas ficam ao lado dos
elevadores da entrada principal
e nos corredores próximos ao
relógio d'água. Indicações básicas, como fraldários, banheiros,
saídas e diretório, estão apontadas, assim como o ícone "você está aqui". As orientações
dadas por funcionários do
Iguatemi foram as mais precisas dos quatro shoppings.
No estacionamento, há só o
número do piso da garagem.
Não há números nos pilares indicando a fileira das vagas. O
shopping diz que não há reclamações, "porque os elevadores
estão dispostos de forma que
não seja necessário percorrer
longas distâncias até as vagas".
O Iguatemi não permitiu à Folha fotografar os corredores,
porque está mudando sua comunicação visual.
(DM)
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