Marina
Rosenfeld
especial para o GD
A Petrobras Distribuidora inaugurou na semana passada, em
Belém do Pará, o primeiro posto do projeto Cidadão
Capaz na cidade, que contrata pessoas com deficiência
para trabalhar como frentistas.
Com o objetivo de integrar e valorizar a pessoa com deficiência
física no mercado de trabalho, os postos BR que fazem
parte da iniciativa oferecem um ambiente adequado para que
funcionários com necessidades especiais possam realizar
as tarefas de um posto de serviços de maneira eficiente,
com rapidez, qualidade e segurança.
O posto Verdão, em Belém, conta com bombas e
instalações adaptadas e acessos adequados e
devidamente demarcados dentro dos padrões de acessibilidade
para pessoas com deficiência. Os seis profissionais
que foram contratados pelo posto também passaram por
um amplo programa de treinamento.
De acordo com a coordenadora de Responsabilidade Social da
Petrobras Distribuidora, Ana Carolina Delgado, não
são só as pessoas com deficiência que
recebem treinamento, mas também todos os outros funcionários.
“Os profissionais não vêem a deficiência
física como uma barreira interpessoal entre eles. Acaba
sendo um aprendizado tanto para os que são deficientes
quanto para os que não são. Todos eles encaram
como um complemento ao trabalho do outro”.
O projeto Cidadão Capaz está presente também
nas cidades de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ),
Valinhos (SP) e Vitória (ES), empregando um total de
25 pessoas com deficiência. A idéia é
que até o final de 2005, 18 postos façam parte
do projeto. “Não queremos ter esse projeto em
todos os postos porque queremos fazer uma inclusão
cuidadosa”, comenta Ana.
Curso on-line é lançado
para incentivar inclusão de deficientes
Marina Rosenfeld
especial para o GD
No mês de novembro, a FGV Online (Fundação
Getúlio Vargas) e o Instituto Paradigma, lançarão
um curso a distância para empresas que querem contratar
pessoas com deficiência, mas não sabem como.
A idéia é oferecer um conteúdo abrangente,
com aulas que abordem desde questões comportamentais
até técnicas. Aulas sobre normas técnicas,
legislação, equipamentos, acessibilidade aos
meios de comunicação, sinalização,
piso, texturas e contrastes, pontos de vendas, equipamentos
urbanos, sanitários, vestiários, mobiliários,
auditórios e acessibilidade urbanística também
estarão no programa.
“Num primeiro momento, o programa será moldado
às necessidades dos gestores de recursos humanos, arquitetos,
engenheiros ou de outras áreas que precisem conhecer
as dificuldades de acesso das pessoas com deficiência
nas empresas, seja do ponto de vista comportamental ou do
ambiente físico de trabalho”, afirma Ana Beatriz
Thé Praxdes, responsável pela implementação
do projeto no Instituto Paradigma, ONG especializada na gestão
de projetos de inclusão econômica e social de
pessoas com deficiência.
De acordo com a gerente de projetos da FGV Online, Ana Paula
Vitelli, a adaptação do ambiente de trabalho
para as pessoas com deficiência é um processo
de conscientização e de responsabilidade social.
“Por isso vamos ensinar as companhias a receberem esses
profissionais”.
Com a ajuda do Instituto, a FGV Online pretende também
treinar profissionais com deficiência para serem professores
tutores de seus cursos.
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