Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Engana-se quem pensa que astrologia, feng-shui, radiestesia
e yoga são práticas bem distantes da realidade
de uma empresa. Segundo pesquisa de doutorado realizada na
Faculdade de Economia e Administração (FEA)
da USP, essas técnicas têm sido cada vez mais
usadas não só na gestão de pessoas, mas
também na seleção de candidatos.
Algumas empresas já chegaram a aplicar os próprios
conceitos da astrologia durante processos de seleção.
“No caso da astrologia as empresas fazem um mapa do
candidato para ver se ele e seu momento de vida estão
compatíveis com a empresa”, afirma a autora da
pesquisa, Elenir Honorato Vieira.
O levantamento mostra que o feng-shui (técnica oriental
de organização dos espaços da casa) e
a radiestesia (técnica que, por meio de varetas e pêndulos,
analisa radiações que influenciam os seres vivos)
também têm sido usados por algumas companhias
para melhorar o espaço de trabalho. Em uma das empresas
estudadas, uma radiestesista analisou os pontos de energia
dos candidatos durante uma seleção.
De acordo com o estudo, as organizações mais
tradicionais resistem a esses métodos, até pela
falta de estudos científicos sobre o tema. Apenas técnicas
mais comuns como a grafologia (estudo da personalidade pela
astrologia) tem espaço nas grandes empresas. “Os
métodos considerados esotéricos são mais
freqüentes nas pequenas e médias organizações,
geralmente por uma indicação do dono”,
explica Elenir.
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