Adolescentes que permanecem muito tempo em frente ao computador
à noite apresentam má qualidade do sono e sonolência
diurna, sendo mais suscetíveis a alterações
no humor, entre outras conseqüências.
As constatações estão na pesquisa de
mestrado da psicóloga Gema Galgani de Mesquita Duarte,
apresentada na Faculdade de Ciências Médicas
(FCM). Para fundamentar seu trabalho, a pesquisadora ouviu
160 adolescentes entre 15 e 18 anos.
O estudo traz à tona a discussão de um problema
enfrentado por grande parte das famílias: o uso noturno
do computador pelos adolescentes. “A experiência
doméstica me levou a querer entender as conseqüências
desta prática que já se tornou freqüente
entre os jovens”, salienta a psicóloga, em entrevista
ao Jornal da Unicamp.
Pelo estudo, 66,25% dos adolescentes foram classificados
como “maus dormidores”, e o horário de
maior freqüência em frente à máquina
ocorre no período entre 17 horas e 3 horas da madrugada,
durante a semana. Nos finais de semana, a situação
fica ainda mais grave – a maioria fica entre as 18 horas
e 6 horas da manhã. Na opinião da psicóloga,
os pais deveriam ter mais controle em relação
ao problema, antes que o hábito se torne algo incontrolável.
A luz emitida pelo monitor também afeta diretamente
a produção de melatomina, hormônio responsável
pelo sono, levando à latência ou ao acesso tardio
do sono.
A pesquisa, orientada pelo professor Rubens Reimão,
um dos maiores especialistas na área do país,
também relacionou a qualidade do sono ao nível
de estresse entre os adolescentes e ao aproveitamento escolar.
Observou-se uma redução drástica no período
de sono e, conseqüentemente, maior freqüência
de cochilo e elevado índice de estresse em alunos que
estudam no período matutino. O ideal é que os
adolescentes tenham de nove a dez horas de sono diário.
*Com informações da Unicamp
Por Redação do IDG Now!*
Publicada no Portal UOL
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