Marina
Rosenfeld
Karina Costa (colaboração)
especial para o GD
A frieza e a distância causadas pela vida moderna e
pelas novas tecnologias têm reduzido significativamente
o tempo de contato físico entre as pessoas. Para eliminar
o fenômeno “inércia do afastamento”,
a Confraria Britânica do Abraço Corporativo,
um grupo europeu focado na melhoria de vida, está trazendo
a teoria do abraço para o Brasil.
Trata-se dos mesmos princípios defendidos pela psiquiatra
e pedagoga norte-americana Kathleen Keating (autora do best-seller
“A Terapia do Abraço”), para quem o toque
físico é imprescindível nas relações
humanas.
A confraria prega a instituição do “minuto
do abraço” nas empresas, em que todos os funcionários
se abraçam por um determinado tempo. Conversas telefônicas,
reuniões e até brigas são interrompidas,
pelo menos por um minuto.
O grupo, que nasceu em meados dos anos 90, surgiu de uma
iniciativa de profissionais europeus das áreas de recursos
humanos e administração para melhorar a socialização
no universo corporativo. Uma década depois, a Teoria
do Abraço já chegou à África do
Sul e Austrália e agora à América Latina,
por meio de seu representante no Brasil, o consultor em recursos
humanos Ary Itnem Witacker.
Na semana passada, o consultor brasileiro saiu pela Avenida
Paulista com um cartaz com a frase “Dá um abraço?”
para sensibilizar profissionais da região sobre a importância
do abraço para uma qualidade de vida melhor.
Uma pesquisa feita na Europa com empresas que adotaram a
idéia mostrou resultados bastante positivos. Notou-se
uma redução de 28% no número de pedidos
de dispensas médicas; 37% na quantidade de funcionários
com sintomas de estafa e 45% de aumento no rendimento individual.
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