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Keila Baraçal
Erika Vieira
A presença de grandes empresas como Unilever e Toyota
fizeram de Indaiatuba uma referência de pólo
industrial no estado. Por prestar atenção neste
novo perfil da cidade, a Secretaria de Estado de Educação
iniciou, em abril deste ano, um projeto de curso técnico
aos estudantes de Ensino Médio da rede estadual. O
programa, feito em parceria com a prefeitura da cidade, vai
favorecer mais 2 mil jovens.
De acordo com a secretaria, têm direito a fazer as aulas,
jovens que estejam devidamente matriculados no 3º ano
do Ensino Médio. Os alunos devem optar pelos cursos
de informática, automação industrial,
segurança do trabalho, logística, ou processos
químicos. Os esforços – tanto do município,
quanto do estado – são para que, depois dos 18
meses de formação, todos saiam encaminhados
com um estágio remunerado ou, até mesmo contratados
pelas empresas da cidade.
Marinês Fine, assessora de projetos da Secretaria Estadual
de Educação, explica que a cidade de Indaiatuba
faz parte de um projeto maior do governo do Estado, que pretende
expandir cursos profissionalizantes para outras cidades. Até
o final deste ano, as aulas podem chegar também nos
municípios de Barretos, Dracena, Jaú e Piracicaba.
Investimento e resultado
A cidade de Indaiatuba aposta no ensino profissionalizante
desde 1985 e para isso criou a Fundação Indaiatubana
de Educação e Cultura (Fiec), na qual investe
2% do orçamento bruto do município, além
dos 25% por obrigatoriedade. “Temos aproximadamente
100% de absorção dos nossos jovens no campo
de trabalho”, diz Hamilton Lombardi Soares, superintendente
da Fiec. “Já nos concursos públicos da
região, cerca de 60% dos dez primeiros classificados
são alunos da Fiec”, complementa.
Em 2005 a Fiec realizou um censo com
740 indústrias e 9 mil postos de comércio e
serviços da cidade. Com isso levantaram que a principal
demanda de trabalho local encontra-se na área de segurança
do trabalho, assim um dos novos cursos inaugurados é
justamente o de Segurança do Trabalho. O senso ajuda
a instituição se adequar as necessidades das
empresas.
A partir do segundo semestre
desse ano, 500 vagas de ensino técnico serão
criadas para os alunos freqüentadores do EJA (Ensino
de Jovens e Adultos). Além disso, atenderá outros
400 estudantes de Capivari, município vizinho.
Leia mais:
Parceria com prefeitura de Indaiatuba
beneficiará cerca de 2.000 alunos do Ensino Médio
A Secretaria de Estado da Educação e a Prefeitura
de Indaiatuba (via Fundação Indaiatubana de
Educação e Cultura - Fiec) fecharam parceria
para oferecer curso técnico profissionalizante a 2
mil alunos da rede estadual. Os estudantes do 3º ano
do Ensino Médio da rede estadual na cidade poderão
participar dos cursos: informática, automação
industrial, segurança do trabalho, logística
e processos químicos. O ensino começou no mês
passado.
Os cursos terão duração de 18 meses.
A expectativa é que a maioria dos alunos já
saia com estágio remunerado ou empregada. Os cursos
serão voltados para o mercado de trabalho de Indaiatuba,
que abriga empresas importantes, como Unilever e Toyota. É
o início de um projeto da Secretaria para diversificar
o currículo do Ensino Médio na rede estadual
de Educação.
Outras parcerias estão sendo fechadas pela Secretaria,
com prefeituras de todo o interior paulista. “É
um início importante. São dois mil alunos que
poderão ter curso técnico. Além da formação
tradicional, terão uma formação para
entrar no mercado de trabalho”, afirma a secretária
de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães
de Castro. “Estado e prefeitura trabalham conjuntamente
para beneficiar os estudantes da cidade. Pela primeira vez
todos alunos de uma rede de um município paulista são
beneficiados com cursos técnicos”.
As aulas em Indaiatuba serão assim distribuídas:
quem estuda de manhã terá uma vez por semana
aulas na Fiec. Quem estuda à noite freqüentará
o curso aos sábado.
Ensino Médio profissionalizante
A Secretaria implantará 50 mil vagas para Gestão
de Pequenas Empresas já no segundo semestre deste ano.
A pasta definiu que esta modalidade será oferecida
a 50 mil alunos, todos da Grande São Paulo, a partir
do 2º ano. Somente para a capital serão cerca
de 24 mil vagas.
O curso técnico será semi-presencial, no modelo
Tele Curso Técnico, em parceria com o Centro Paula
Souza, referência na área. A Secretaria estuda
a forma de seleção dos alunos que poderão
participar e pretende ampliar a oferta gradativamente. A idéia
é, após esta fase inicial na Grande São
Paulo, levar o projeto para interior e litoral do Estado.
Certificado pelo Paula Souza em parceria com a Fundação
Roberto Marinho, o curso terá duração
de três semestres. O aluno deve começar a cursá-lo
no 2º ano, nos períodos noturno e diurno. Serão
seis aulas semanais.
Lista das escolas estaduais de Indaiatuba cujos alunos
participam deste ensino técnico:
E.E. Aurora Scodro Groff
E.E. Prof. Hélio Cerqueira Leite
E.E. Randolfo Moreira Fernandes
E.E. Profa. Deolinda Maneira Severo
E.E. D. José de Camargo Barros
E.E. Profa. Annunzziatta Leonilda Virginelli Prado
E.E. Prof. Antônio de Pádua Prado
E.E. Prof. Camilo Marques Paula
E.E. Prof. Carlos Tancler
E.E. Profa. Helena de Campos Camargo
E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga
E.E. Profa. Maria Apparecida Pinto da Cunha
E.E. Prof. Milton Leme do Prado
E.E. São Nicolau de Flüe
E.E. Profa. Suzana Benedicta Gigo Ayres
As informação são da Secretaria Estadual
de Educação de São Paulo.
Ensino Técnico e a perspectiva
do mercado de trabalho
A pesquisa “Perspectivas Estruturais
do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2015",
realizada pela Federação das Indústrias
do Rio de Janeiro (FIRJAN), em 2007, com 416 empresas industriais
brasileiras que, atualmente, empregam um contingente de 495.940
trabalhadores, levantou dez profissões no âmbito
da indústria que apresentam os maiores índices
de perspectivas profissionais, ou seja, são tidas como
as Profissões do Futuro.
Dentre essas, quase todas têm
profissionais formados no ensino técnico. De acordo
com a pesquisa, o curso técnico ou superior é
considerado requisito preponderante para 91% das carreiras
analisadas. Esse resultado reflete as mudanças tecnológicas
no âmbito da indústria brasileira, que mudaram
a natureza do trabalho operário. Cada vez mais, será
necessário deter capacitação para lidar
com processo de controle e equipamentos tecnologicamente complexos.
Veja a lista das dez profissões
e os índices de perspectivas profissionais de cada
uma:
Índice de perspectivas
profissionais: oportunidades no Mercado de Trabalho
Redução Expressiva |
Redução |
Redução Limitada |
Estabilidade/ Aumento
Limitado |
Aumento |
Aumento
Expressivo |
-1,0
-0,9
-0,8 |
-0,7
-0,6
-0,5
-0,4 |
-0,3
-0,2
-0,1 |
0,0
0,1
0,2
0,3 |
0,4
0,5
0,6
0,7 |
0,8
0,9
1,0 |
1- Engenheiro de
Petróleo (0,83)
2- Engenheiro Ambiental (0,75)
3- Técnicos em produção,
conservação e de qualidade de alimentos (0,73)
4- Ajudantes de obras civis (0,72)
5- Analistas de sistemas computacionais (TI)
(0,70)
6- Trabalhadores da fabricação
de cerâmica estrutural para construção
(0,70)
7- Técnicos de produção
de indústrias químicas, petroquímicas,
refino de petróleo, gás e afins (0,69)
8- Técnicos em fabricação
de produtos plásticos e de borracha (0,67)
9- Técnicos florestais (0,67)
10- Técnicos em manipulação
farmacêutica (0,67)
Veja
a pesquisa na íntegra.
As informações são
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
do MEC.
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