Cientistas
dos EUA conseguiram isso ao usar fios especiais nos tecidos.
Não há previsão para lançamento
de produtos que utilizam essa tecnologia.
No futuro, sua camiseta poderá
funcionar como fonte de energia para seu iPod, celular e outros
eletrônicos. Isso porque cientistas desenvolveram uma
forma de gerar eletricidade juntando o tecido da peça
a minúsculos fios especiais. Assim, conseguiram criar
uma fonte de energia gerada quando o tecido se movimenta.
Não há previsão para lançamento
de produtos que utilizam essa tecnologia.
O estudo, divulgado na revista “Nature” nesta
quinta-feira (14), combina a precisão da nanotecnologia
com um princípio chamado de efeito piezoelétrico,
que gera eletricidade quando alguns tipos de materiais sofrem
pressão. Apesar de essa ser uma teoria antiga, ela
vem ganhando força por conta da busca por fontes alternativas
de energia.
Para criar essa camiseta, Zhong Lin Wang e seus colegas do
Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, cobriram
as fibras do tecido com fios invisíveis aos olhos humanos
feitos de óxido de zinco. Cada fio desse tem apenas
50 nanômetros de diâmetro – são 1,8
mil vezes mais finos que o cabelo humano – e alguns
deles foram cobertos com ouro.
Com o movimento do tecido, o óxido de zinco de algumas
fibras raspa no ouro de outras. O resultado da tensão
e pressão resulta em uma carga que é capturada
pelo ouro e pode alimentar um circuito. Os cientistas estimam
que um metro quadrado desse tecido produz cerca de 80 miliwatts
de eletricidade, o suficiente para carregar um tocador.
A principal inovação desse sistema é
o fato de movimentos naturais feitos pelo próprio usuário
da peça gerarem eletricidade. “Também
há o vento e vibrações que trabalham
para você. Assim, não é necessário
fazer muita força [para produzir energia]”, disse
Wang.
Os cientistas pretendem trocar o ouro por outro material,
mais barato, que também funciona como condutor. Além
disso, o óxido de zinco não é à
prova d’água e, por isso, a camiseta não
poderia ser lavada. A equipe de cientistas precisa descobrir
uma maneira de proteger os fios que levam esse material, para
resolver o problema.
Da AP
Publicado no Portal G1
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